A senadora Simone Tebet (MDB-MS), em discurso na tribuna do Senado, defendeu ajustes na proposta de reforma da Previdência, enviada hoje, ao Congresso Nacional, pelo presidente Jair Bolsonaro. Simone lembrou que o Congresso é a Casa do diálogo e defendeu ajustes e aprimoramentos da proposta.
” É preciso lembrar que esta reforma – nós sabemos que tem de ser profunda – jamais poderá ser profana. Ela não pode retirar direitos mais básicos e elementares da sociedade brasileira, especialmente daqueles que ganham até dois salários mínimos. Ela tem que reconhecer a diferença que existe no mercado de trabalho entre homens e mulheres. ”
Simone aproveitou para lembrar que “o sistema previdenciário é um legado que nós recebemos das gerações passadas e teremos de passar para as gerações futuras. Nós estamos contribuindo para pagar os já aposentados, e serão os nossos filhos que estarão contribuindo com o INSS para resguardar a nós, futuros aposentados do Brasil. ”
A senadora destacou ainda outras pautas prioritárias do Congresso, como o combate à violência e uma nova política de segurança pública. “Nós teremos que enfrentar com urgência a questão do combate à violência, uma política verdadeiramente nacional de segurança pública, que combata não só a consequência, não só com o aumento de pena, não só com o encarceramento, que é necessário, mas também que vá nas causas principais, e o exemplo e a principal causa da violência são o verdadeiro descaso com as nossas fronteiras. ”
“Nós vamos ter que enfrentar essa violência que mata mais que verdadeiras guerras civis. São 60 mil mortes violentas no Brasil. Mata o futuro, porque, além do sofrimento familiar do presente, mata o futuro do Brasil, porque atinge crianças e jovens de 15 a 29 anos. ”, ressaltou.
O tema central do discurso da senadora foi para além dessas pautas sobre as reformas necessárias, mas a ação do legislativo em assuntos que afetam o dia a dia de todos os brasileiros “Nós não podemos nos omitir em relação às pautas relacionadas à política de desenvolvimento nacional, de desenvolvimento regional, de saúde, de educação, de moradia, enfim. São muitas as pautas. Não nos cabe a omissão. “, destacou.