Não há como desconhecer a gravidade do momento. Não se trata mais de uma história contada sobre outras pandemias de outros tempos. Para grande parte do planeta, o coronavírus já é uma história vivida. Vivida e sofrida. Não é uma questão de anos, ou de séculos, atrás. É de agora.
O coronavírus partiu da China, faz longa escala na Itália e já se alastra, segundo a OMS, por todos os países. Atravessou o oceano e chegou às américas. Aportou no Brasil, e por aqui também deve se multiplicar.
Participei ontem da primeira reunião entre o Executivo e o Legislativo depois da declaração do estado de pandemia. A impressão que me ficou é que, pelo menos nos assuntos afetos à saúde, o Brasil está em ótimas mãos. O Ministro Mandetta demonstrou profundo conhecimento sobre o assunto, consciente da gravidade do momento, mas seguro dos passos a seguir. Por isso, a melhor decisão que todos nós deveremos tomar agora é seguir os rastros oficiais. Evitar caminhos que não sejam pavimentados pelo interesse público.
Haverá, sim, um outro tipo de “pandemia”, o das notícias falsas, dos fakes, com potencial de contaminação que podem piorar, ainda mais, os efeitos deletérios do coronavírus. Portanto, conscientes dos perigos da propagação, melhor será se evitarmos compartilhar o que não venha de fontes seguras, cujo interesse seja, unicamente, ultrapassarmos este período de grande preocupação.
O pânico também não é bom companheiro nesta viagem. A prevenção, sim. Como o potencial de propagação do vírus é geométrico, mais que aritmético, evitar, por exemplo, aglomerações que não sejam imprescindíveis e dedicar atenção especial os idosos, mais propensos à gravidade da contaminação.
De nossa parte, no Congresso Nacional, focar as nossas energias e abandonar todas as disputas políticas, para propiciar ao Executivo o necessário respaldo para que ele tenha todas as condições legais e orçamentárias para pavimentar esse caminho que nos levará à superação deste momento.
SIMONE TEBET
Senadora por MS