A CPI da Pandemia ouve agora pela manhã a servidora do Ministério da Saúde que autorizou a compra da vacina indiana Covaxin, Regina Célia. Ela deu aval ao contrato mesmo diante de possíveis irregularidades.
A líder da bancada feminina, senadora Simone Tebet (MDB-MS), acredita que o depoimento é importante para montar o quebra-cabeças das negociações da Covaxin. “Estamos com todas as peças sobre a mesa, agora é hora de montar essa figura. O que vai aparecer? Um propinoduto, um vacinoduto, quem são os personagens que estarão nessa mesa de negociação fraudulenta. Está cada vez mais claro de que houve irregularidade, esquema criminoso de compra de vacinas fraudulentas por desvio de recursos públicos”, disse.
Simone disse, ao chegar ao Senado nesta terça-feira (-06), que Regina Célia será cobrada na CPI a contar se houve pressão e por parte de quem. Ela também acredita ser importante verificar se ela checou os documentos, se eram verdadeiros, entre outros pontos essenciais para se descobrir se houve direcionamento na dispensa de licitação, se houve favorecimento a empresas, contrato fraudulento, tráfico de influência e pedido de propina pra comercializar vacinas. Para Simone, como Regina Célia é a servidora responsável por assinatura de contratos há 3 anos no Ministério da Saúde, ela pode trazer muitos elementos jurídicos. “Tenho certeza de que a partir daí a gente monta esse quebra-cabeças”, finalizou.