A Senadora Simone Tebet (PMDB-MS) participou de audiência pública sobre o enfrentamento à violência contra a mulher, no Centro Internacional de Convenções Miguel Gomes, de Ponta Porã, nesta sexta-feira (5).
Em sua palestra, Simone lamentou que este tipo de violência ocorre no lar, nas ruas, no transporte público, mas também nas empresas, nas instituições, na publicidade, na política. Para a senadora, que foi presidente da Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher (2015-2016), os números da violência são vergonhosos e alarmantes. Ela defendeu a ampliação do debate sobre a punição dos agressores, a prevenção ao crime e o acolhimento às vítimas.
A parlamentar ainda citou iniciativas do Congresso Nacional em defesa das mulheres. Ela ressaltou a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio. Destacou também outras propostas que já viraram Lei como a que obriga SUS a prestar atendimento emergencial, integral e multidisciplinar às vítimas de violência sexual; a que assegura reconstituição da mama após a cirurgia de câncer pelo SUS; a que trata da humanização do parto, com a autorização da presença de acompanhante; e ainda a que regulamenta a profissão de empregada doméstica.
Ela também informou que o Senado, por iniciativa dela, criou o Observatório da Mulher contra a Violência.
Números da violência
A senadora Simone Tebet trouxe dados do Mapa da Violência (2015), que destacam que o Brasil é o quinto país que mais mata mulheres no mundo, dentre 83 Nações.
Segundo outra pesquisa (DataFolha/ Fórum Brasileiro de Segurança Pública – 2017), 29% das brasileiras sofreram algum tipo de violência em 2016. As maiores vítimas são as jovens, entre 16 e 24 anos. 66% dos entrevistados disseram ter presenciado algum tipo de violência contra mulheres no seu bairro. 52% das mulheres agredidas não fazem nada após a agressão.
Outra pesquisa, “Panorama da violência contra a mulher no Brasil”, realizada pelo Observatório da Mulher contra a Violência, e divulgada em dezembro de 2016, detectou que 4.832 mulheres foram assassinadas em 2014. 62% dessas vítimas eram pretas ou pardas. Naquele ano, houve mais de 58 mil estupros.
“É preciso agir. Há no Brasil uma guerra surda (muitas vezes muda) contra a mulher. Uma guerra que fere e mata. Deixa marcas no corpo e na alma.”, defendeu Simone Tebet.
Assessoria de Imprensa