Simone Tebet, pré-candidata do MDB à Presidência da República, ressaltou ontem, em Curitiba, a importância da economia verde para o Brasil. “Temos de mostrar ao mundo que o agronegócio não é o vilão do meio ambiente”, disse. “Ao contrário, um depende do outro.” A afirmação foi feita na noite desta sexta-feira (11/03), em um encontro com empresários, concluído por volta das 21 horas, na sede da Associação Comercial do Paraná (ACP). Participaram do evento integrantes da ACP, presidida por Camilo Turmina, e do Movimento Pró-Paraná, liderado por Marcos Domakoski.
A pré-candidata observou que existe um problema grave e complexo na Amazônia Legal, provocado por grupos de grileiros. “Mas a maior parte da nossa produção não está lá”, ponderou. “Ela está no Sul, no Sudeste, no Centro-Oeste e em regiões do Nordeste.” Para a senadora, a busca por um “selo verde” em particular e do respeito incondicional ao meio ambiente são essenciais para os negócios do Brasil. “Sem isso, as portas do comércio exterior vão se fechar para os nossos produtos e isso já está acontecendo”, frisou. “Assim, temos de avançar com as políticas para fomentar a economia verde e a energia renovável.”
Simone também falou da importância do fortalecimento da indústria do país, até mesmo como uma forma de agregar valor à produção nacional. “Precisamos de um estado amigo de quem produz”, afirmou. “Na verdade, nos falta um governo que conheça o Brasil.” Para ela, é preciso ainda mudar a imagem do país no exterior, hoje abalada por uma série de equívocos na forma de abordar e conduzir as relações internacionais. “Mas ninguém muda isso tratando mal seus vizinhos”, notou. “Não podemos continuar com essa história de, se é de direita, só olha para a Europa, se é de esquerda, só quer saber do Mercosul.”
Em relação à política, a parlamentar criticou o fisiologismo. “Temos de trabalhar com o Congresso”, disse. “Podemos até ter políticos atuando no Executivo, mas com base na competência e na capacidade de execução dos objetivos de determinada pasta.” Simone alertou, contudo, que abraçará pessoalmente o Ministério da Educação, uma área que, como dizem, é transversal e, por isso, central para o desenvolvimento do país.
A pré-candidata, por fim, realçou a importância da democracia e do papel do MDB no momento atual do país. “Eu nasci na década de 1970 e aos 15 anos fui para as ruas lutar por democracia”, disse. “Hoje, vemos a nossa democracia sendo abalada todos os dias e não é só pelo governo. Isso também é feito por uma minoria raivosa da classe política, que só faz promover a polarização entre a direita e a esquerda”, acrescentou. “Mas estou aqui para dizer que o MDB, aquele gigante que lutou contra os cães da ditadura, acordou e está fazendo isso com base em uma nova geração. É isso o que vamos mostrar agora para o país.”