A pré-candidata do centro democrático (MDB, PSDB e Cidadania) ao Planalto, a senadora Simone Tebet, voltou a criticar a polarização política vigente no país, em entrevista ao jornalista Claudio Dantas, do Papo Antagonista, no início da noite de hoje, quinta-feira (23/06). “Triste Brasil que precisa escolher entre um escândalo de corrupção e um escândalo na educação”, afirmou Simone.
Na conversa, que durou uma hora, ela foi questionada sobre qual pergunta faria aos três pré-candidatos: Lula, Bolsonaro e Ciro Gomes. “Ao Lula, eu perguntaria por que não reconhece que o governo dele errou e protagonizou o maior escândalo da história do Brasil, que foi o ‘petrolão’”, afirmou. “Ao Bolsonaro, por que quer a reeleição se ele mesmo já disse que não leva jeito para a coisa. Por que deixar a população brasileira sofrer tanto com a incompetência e a inoperância de um governo de um presidente negacionista e insensível, que não conhece os problemas e muito menos as potencialidades do Brasil?” Em relação a Ciro, frisou que tem afinidades com o pré-candidato, que divergem na pauta econômica, mas que gostaria que ele se unisse à frente democrática do centro.
Na entrevista, a senadora tratou ainda de temas como a educação, uma das prioridades do governo de Simone Tebet, além de parcerias entre o poder público e a iniciativa privada, a necessidade de estabilidade jurídica e institucional, além da valorização dos princípios democráticos, sob ameaça do atual governo. A senadora também cobrou da Petrobras a produção de um “plano estratégico de energia”. “Isso é algo que a empresa está devendo ao país”, disse.
Perguntada sobre o que pensa do “ativismo do judiciário”, ela observou que, embora o problema possa existir, ele também é resultado de uma provocação da política. “Temos uma politização da Justiça”, afirmou. “A política não dá conta de resolver seus problemas e, muitas vezes, corre para a Justiça.” A parlamentar observou que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve se concentrar em questões constitucionais e não lidar com as criminais. “Isso pode ser feito por meio de uma emenda constitucional”, acrescentou.