Depois de mais de um mês de recesso, senadores retomam os trabalhos legislativos nesta semana
A senadora sul-mato-grossense Simone Tebet (PMDB) espera com “otimismo” este ano legislativo, que inicia na quarta-feira (1º), com a eleição do presidente e da mesa diretora do Senado. Ela acredita que 2017 haverá menos instabilidade política do que ano passado, o que deixará mais espaço para votação de projetos de leis.
“Pior que 2016 não tem como ficar”, diz a senadora ao falar sobre as expectativas para este ano. “Este vai ser um ano bem melhor economicamente. Começamos com melhorias nos índices da economia, com menos inflação e projeção de alta no PIB (Produto Interno Bruto)”.
Para Simone Tebet, a instabilidade política do ano passado, que culminou com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e sua substituição por Michel Temer (PMDB), não deve se repetir, o que contribui para que este seja um ano mais “legislativo”.
“Este vai ser um ano mais legislativo, com mais aprovações de leis. Ao contrário do ano passado, que foi mais político, com as discussões do impeachment”, diz Simone. “Teremos um olhar especial para aprovar projetos importantes que contribuam para o andamento do país”.
Entre os projetos mais importantes para este ano, a senadora elenca a reforma do Ensino Médio, que deve ser uma das primeiras propostas a serem votadas, e a Reforma da Previdência, por se tratar de temas “polêmicos”.
Inclusive, ela defende a aprovação da Medida Provisória que trata da reformulação do Ensino Médio, que foi aprovada pela Câmara dos Deputados, e ‘tranca’ a pauta do Senado.
“Há 20 anos discutimos a educação como prioridade, mas na hora de aprovar projetos isso não acontece. O conteúdo da Medida Provisória é muito bom, pois dá a mesma oportunidade aos alunos de escolas públicas, de famílias carentes, dos alunos das escolas particulares”, defende a senadora.
Eleição – Após mais um mês de recesso, senadores retomam os trabalhos legislativos nesta semana. Oficialmente, a volta das atividades do Parlamento ocorre na quinta-feira (2), a partir das 16h, com a sessão solene do Congresso Nacional, que deverá contar com a presença do presidente da República, Michel Temer, e da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmem Lúcia.
Na quarta-feira (1º), porém, será dia de eleição para escolha de quem vai substituir Renan Calheiros (PMDB) na chefia do Senado. Por ter a maior bancada, os peemedebistas devem indicar o novo presidente. O senador Eunício Oliveira (CE) é o nome escolhido pelo partido e conta com o apoio da maior parte das legendas.
“Em política tudo pode acontecer em 24 horas”, dispara Simone sobre a eleição. “Nós temos dois dias muito complicados, com uma longa eleição da mesa diretora. Teremos reuniões nos próximos dias para decidir quem a bancada vai apoiar na eleição”.
Campo Grande News