“Sou do campo, cresci numa fazenda, tenho orgulho da minha trajetória.”
As nossas terras vêm desde o meu avô. Minha fazenda sempre foi 100% produtiva e nunca houve conflito com povos indígenas na nossa propriedade.
Meu estado tem muitos conflitos entre proprietários e povos indígenas. Mas também é o celeiro do Brasil, de gente que trabalha e produz de boa-fé.
O que eu proponho é enfrentar esse assunto com racionalidade, para diminuir os conflitos. Precisamos de segurança e paz no campo.
A solução passa por dar terra a quem tem direito a ela, sempre que os estudos comprovarem que a área é dos povos originários. E indenizar proprietários detentores de títulos dominiais, de boa-fé, que tiverem que desocupá-la, para que saiam com dignidade, com justiça. Tudo sempre dentro do respeito ao devido processo legal.
Até ajudei a elaborar o texto de uma PEC (71/2011), que aprovamos por unanimidade no Senado, que propõe que a União pague indenização justa, prévia e em dinheiro a produtores que tiverem que desocupar áreas declaradas indígenas com base no valor da terra nua e de benfeitorias, e não por meio de precatórios. A PEC aguarda votação na Câmara.
Agora, onde estivermos lidando com invasor, grileiro de terra, madeireiro, com quem atua ilegalmente, não tem conversa, não tem indenização. É tirar da terra e devolvê-la a quem de direito.