Ao lado de Mara Gabrilli, sua companheira de chapa, a candidata ao Planalto recebeu o apoio de pesquisadores e acadêmicos, em evento em SP
A candidata Simone Tebet afirmou hoje, quarta-feira (24/8), que quer retirar os gastos com investimento em ciência, tecnologia e inovação (CT&I) do “teto de gastos”. Isso à semelhança do que ocorre com a educação, em particular com o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). A afirmação foi feita durante encontro, que contou com a senadora Mara Gabrilli, com pesquisadores e acadêmicos de São Paulo, notadamente da USP, realizado a convite da bióloga molecular e geneticista Mayana Zatz.
Simone frisou no evento que é liberal e, nesse sentido, preza a responsabilidade fiscal. “Mas ela é um meio para erradicar a pobreza, para fazer o Brasil voltar a crescer e a gerar emprego, emprego e emprego.” A candidata assumiu ainda diante dos pesquisadores outro compromisso: que não haverá contingenciamento ou retenção de qualquer forma de verbas para CT&I. “Todos os anos se coloca pouco no orçamento e o pouco que se coloca é cortado, às vezes, mais da metade, chegando a 60%”, disse. “Isso para desviar recursos para outros Ministérios para fazer graça. E graça aqui é sinônimo de corrupção.”
Mayana recepcionou as candidatas dizendo estar “muito feliz por ter uma chapa para votar a favor e não contra” “Ou a favor da união e contra a desunião”, acrescentou. A cientista elogiou Mara pelas “ações concretas” realizadas a favor da ciência, como a recente luta para evitar cortes de verbas na USP e na Fapesp durante a pandemia. Em relação à Simone, Mayana destacou: “Ouvi seus discursos, sua fala, e me identifiquei muito com suas propostas”. Às integrantes da chapa da coligação “Brasil Pra Todos” (MDB, PSDB, Cidadania e Podemos), a pesquisadora acrescentou: “Vocês fazem uma dupla que pode fazer a diferença, não por serem mulheres, mas por serem competentes, engajadas e patriotas”.
O reitor da USP, o neurocirurgião Carlos Gilberto Carlotti Júnior, adotou a mesma linha em seu discurso e elogiou a postura das duas senadoras. Ele fez indicações sobre os desafios da ciência no Brasil e enalteceu o projeto das candidatas para o país, em particular o foco da proposta de governo na educação. A vice-reitora da USP, a socióloga Maria Arminda do Nascimento Arruda, fez “questão de saudar” a chapa 100% feminina. “Como mulher, sei muito bem o que isso significa”, afirmou, acrescentando sentir “orgulho por ter duas mulheres” na atual disputa.
Mara Gabrilli agradeceu o apoio dos presentes e o empenho dos cientistas ao longo da pandemia. Ela mencionou ainda o esforço realizado pelos pesquisadores brasileiros em todos os campos da ciência, cujos resultados são reconhecidos mundialmente. “Apesar dos cortes de verbas e da negligência do governo, vocês conseguiram colocar o Brasil no 13º lugar entre os países que mais publicam trabalhos científicos [de acordo com o ranking da Unesco, divulgado em 2020]”, disse, realçando a importância da posição alcançada. “E aqui estão duas mulheres que veem a ciência como algo fundamental e inerente ao crescimento do país.”
Assessoria de Imprensa