A candidata Simone Tebet conheceu na manhã de hoje, terça-feira (30/8), o “Mesa de Taubaté”, programa criado durante a pandemia pela prefeitura da cidade do Vale do Paraíba, no interior paulista. Com a iniciativa, foram distribuídos perto de 300 mil pratos de sopas em pouco mais de um ano. Os alimentos são produzidos em numa cozinha-piloto e os ingredientes, doados por pessoas e entidades. O projeto oferece ainda o “Cartão Mesa Taubaté” em substituição às cestas básicas. Ele dá maior autonomia às famílias na hora das compras, permitindo a escolha de produtos que melhor atendam suas necessidades. O programa injeta cerca de R$ 700 mil por mês na economia local.
Em Taubaté, abordada por jornalistas, Simone também tratou de temas como o debate entre candidatos, no domingo, a pobreza e, em especial, a fome. Sobre o debate, destacou o fato de o evento ter “exposto os candidatos à luz”. Realçou a relevância da discussão de três assuntos. Um deles foi a “importância da democracia”. O outro a educação como prioridade. “Ela é a única salvadora da pátria, efetivamente”, disse. “Não existem mitos, não existem salvadores da pátria. Quem é capaz de dar dignidade às pessoas, em menos de dez anos, mudar a mentalidade de um país da grandeza e da riqueza do Brasil é a educação.”
Por fim, o terceiro tema destacado pela candidata foi o protagonismo das mulheres. “Temos de ter voz e vez para dizer que Brasil queremos para os nossos filhos e companheiros”, afirmou. No debate, acrescentou Simone, foram tratados tópicos como as dificuldades no mercado de trabalho, além da violência física e política contra a mulher. “Muito se expôs de forma misógina e discriminatória”, disse. “É o caso do presidente da República, que não merece respeito nenhum, não só da nossa parte, como das mulheres brasileiras pela conduta que tem em relação a todas.”
Ao responder questões sobre quando começaria a combater a fome, Simone foi enfática: “Imediatamente”, respondeu. “Erradicar a miséria e matar a fome é prioridade absoluta.” Para isso, observou, é preciso devolver aos municípios a autonomia do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), uma base de dados do governo federal que reúne informações sobre famílias que vivem em situação de vulnerabilidade no país.
Isso além de mobilizar perto de meio milhão de assistentes sociais e agentes comunitários, os “nossos anjos da guarda”, como definiu a candidata, para identificar quem passa fome no país em um prazo de 30 dias. “Tudo para que um menino como o Miguel, de 11 anos, de Belo Horizonte, não tenha de ligar para o 190, telefone da polícia militar, pedindo ‘pelo amor de Deus, venha aqui que estou há três dias sem comer’”, narrou, referindo-se a um caso recentemente divulgado pela mídia.
Ainda sobre o combate à fome, a candidata pontuou que a transferência de renda precisa ser tratada como uma “política de Estado e não de governo”. “Não é a União que fica com esse cadastro [CadÚnico] para depois comprar consciências e dar para quem acha que vai votar. É devolver esse sistema para quem sabe fazer gestão, para quem sabe cuidar das pessoas, que são os municípios.” Simone disse ainda que a transferência de renda de R$ 600,00 (valor atual do Auxílio Brasil) está garantida para o ano que vem. A partir daí, o país deve voltar a crescer, o que aumentaria a arrecadação do governo federal. Ela frisou, contudo, que “grande objetivo de sua agenda social é a qualificação das pessoas”.
Acompanharam a candidata na visita ao programa de Taubaté, o prefeito da cidade do Vale do Paraíba, José Antônio Saud (MDB), a vice, Adriana Mussi (Republicanos), e Daniela Mendes, do PSDB Mulher, representando o candidato ao governo paulista Rodrigo Garcia (PSDB).
Assessoria de Imprensa