Agenda da candidata em São Luís, capital do Maranhão, teve caminhadas, encontro com mulheres evangélicas e jantar na residência da ex-governadora Roseana Sarney
A candidata Simone Tebet reservou esta manhã, sexta-feira (16/9), para mais uma agenda no centro histórico de São Luís, capital do Maranhão. Desta vez, Simone visitou o Mercado das Tulhas, ou Casa das Tulhas, e seu entorno. Ontem à tarde, quando chegou a São Luís, ela percorreu outra região da área central, participou de um evento com mulheres evangélicas e jantou na residência de Roseana Sarney, ao lado de José Sarney e de outros convidados.
Ponto turístico bastante concorrido de São Luís, o Mercado das Tulhas, um centro de artesanato e de comidas típicas, serviu para Simone falar a respeito da importância da preservação do patrimônio histórico e arquitetônico do Brasil. “Estamos em um dos mais belos e importantes pontos turísticos do país. Isso aqui é história, história do Brasil. E, lamentavelmente, o Brasil não conhece sua própria historia. Um povo sem passado, sem cultura, não tem condições de ter futuro. Precisamos resgatar o turismo interno no Brasil, setor que aquece a economia, que polui pouco, que gera emprego e renda e que enriquece nossa diversidade econômica. É isso o que nós queremos para o Brasil. Precisamos fazer andar a reforma tributária para reduzir impostos e incentivar o turismo local para que esse setor possa ser o grande gerador do emprego e da renda que hoje faltam ao país”, observou.
ENTREVISTA COLETIVA
Como conciliar desenvolvimento com preservação ambiental? – “Com desmatamento illegal zero. Nós vamos devolver para a Amazônia e para os demais biomas os órgãos de fiscalização e controle. É possivel produzir mais, ter mais produtividade na mesma área sendo plantada. Para isso, existe a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Para isso, existe ciência e tecnologia. O Matopiba (regiões dos estados do Maranhão, do Tocantins, do Piauí e da Bahia com potencial de desenvolver a agropecuária), portanto aqui no sul do Maranhão também, mostra que áreas que antes não tinham condições de produzir venceram esse desafio com irrigação, tecnologia e inovação. Graças ao trabalho da Embrapa. Vamos produzir com preservação do meio ambiente. Não é possivel ter uma economia que não seja verde. Se nós não tivermos sustentabilidade, o mundo fechará as portas para o Brasil, não colocaremos mais a carne produzida no Brasil nos supermercados da Europa, não venderemos mais os nossos grãos. Dessa forma, o Brasil não se desenvolve, não terá geração de emprego e renda. Então é isso, deesenvolvimento com emprego e sustentabilidade. É agronegócio e meio ambiente, não é agronegócio ou meio ambiente.”
Desenvolvimento regional – “Eu venho do interior do Brasil, no Centro-Oeste. Os problemas regionais exigem o cumprimento de um princípio muito básico que está na Constituição: a igualdade. Dar mais a quem mais precisa. É preciso investir mais em um plano de desenvolvimento para as regiões que apresentam os piores índices de desenvolvimento. E parar com essa mania de achar que o Nordeste tem problemas. O Nordeste tem soluções para o Brasil. Aqui nós temos nove estados riquíssimos, cada um dentro de sua própria diversidade. Falta vontade política e que o dinheiro, que é dinheiro do povo, chegue aqui. Lamentavelmente, as verbas saem de Brasília e vão pingando no meio do caminho, caindo nos bolsos de parte da classe política. E, quando chega aqui, chega pela metade. É possível garantir ao Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil, a mesma qualidade de vida que o Sul e o Sudeste têm. Ou seja, mesmo índice de desenvolvimento humano, educação de qualidade e o mesmo percentual de emprego para nossos trabalhadores.”
Direitos dos povos originários – “Os povos originários, como o próprio nome diz, chegaram antes de nós. Temos que cumprir a lei, fazer estudos antropológicos para determinar que áreas realmente são das populações indígenas, verificar a titularidade e se porventura aquele proprietário rural tinha posse mansa, pacífica ou titulada. Saber se ele não invadiu uma área pública, se passou ou comprou de terceiros e se foi de boa-fé. O governo pode indenizar esse proprietário, desde que ele não tenha invadido área pública, e não estou falando da Amazônia Legal, para que ele saia e os povos originários entrem. Eu mesma ajudei a aprovar, no Senado Federal, uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional), que teve unanimidade, mas que parou na Câmara dos Deputados. Um projeto que levava paz para o campo. Não é uma coisa ou outra. O Brasil é de todos. Eu advogo a paz no campo. Tudo tem solução quando existe moderação, equilíbrio e quando há disposição para ouvir os dois lados.
Assessoria de Imprensa