Simone Tebet visita polo de roupas e acessórios de Taguatinga, defende o fortalecimento da indústria e fala sobre vários temas da campanha eleitoral
Simone Tebet visitou na tarde de hoje, sexta-feira (16/9), a cidade de Taguatinga, a pouco mais de 20 quilômetros de Brasília. A candidata percorreu boa parte do complexo comercial conhecido como Feira dos Goianos, polo especializado em roupas e acessórios e um dos maiores centros de comércio popular do Distrito Federal. Abordada por dezenas de pessoas que faziam compras, Simone distribuiu abraços e beijos, posou para fotos e vídeos e respondeu a uma série de perguntas relacionadas a seu plano de governo. Depois, concedeu uma entrevista coletiva.
Com aproximadamente 220 mil habitantes, Taguatinga é a quarta maior cidade-satélite do Distrito Federal – fica atrás de Ceilândia, Samambaia e do próprio Plano Piloto. Essa região já enfrentou tempos mais difíceis, mas ainda sofre com expressivos níveis de pobreza, falta de infraestrutura e de equipamentos de saúde e problemas a segurança e transporte.
Levantamento realizado este ano pela Codeplan (Companhia de Planejamento do Distrito Federal) indica que a população pobre de Brasília aumentou de 13% para 20,8% no período 2019-2021, ou o equivalente a aproximadamente 600 mil pessoas vivendo com até R$ 450 por mês. Retrato bastante aproximado do que é o Brasil atual, o Distrito Federal, com 3,1 milhões de habitantes, abriga regiões prósperas, como Águas Claras, e miseráveis, caso da comunidade Sol Nascente, com quase 100 mil habitantes e uma das mais pobres do país.
Geração de emprego e renda, e empreendedorismo, são temas que não faltaram na fala de Simone em Taguatinga: “A Feira dos Goianos é um bom exemplo da importância da indústria para o Brasil. Ela aquece a economia e é o único jeito de o Brasil voltar a crescer. A indústria vai depender muito de um governo parceiro e depende de termos profissionais qualificados, investimento em inovação e diminuição da carga tributária da pessoa jurídica, mas é preciso, lá na ponta, que a gente invista no setor que comercializa as mercadorias, onde estão os empreendedores, especialmente as mulheres empreendedoras”.
COLETIVA DE IMPRENSA
Estratégia para a reta final da campanha – “Estou energizada com o o carinho e o acolhimento, especialmente das mulheres do Nordeste. É impressionante como as pessoas dizem: ‘Nós precisamos de paz. Precisamos unir as famílias. Precisamos unir o Brasil’. Com isso, eu concluo que nós não vamos crescer e gerar emprego no Brasil se não acabarmos com essa polarização. Só a nossa candidatura tem capacidade de unir o país para que a gente possa fazer o Brasil se reencontrar com a sua história. A estratégia é a mesma. Ou seja, não tenho estratégia! Eu falo o que penso, eu sou o que sou e não tenho medo. Tenho coragem para enfrentar os desafios e denunciar os malfeitos. Eu chego em uma região tão rica, mas lamentavelmente com um povo tão pobre porque o dinheiro, que é do povo brasileiro, vai ficando pelo meio do caminho. O orçamento brasileiro hoje está sequestrado pelos amigos dos reis. Quando eu digo reis, no plural, é porque não é só do presidente da República. É um dinheiro que, no papel, em grande monta, vai para os estados e municípios do Nordeste. Porém, quando a gente olha, não foram executados os devidos serviços públicos. A corrupção mata. O orçamento precisa ser gerido com planejamento. Precisa ser colocado à disposição das pessoas e é isso o que nós faremos”.
Ausência de Izalci Lucas (PSDB) e do Ibaneis Rocha (MDB) na agenda em Taguatinga – “Eu preciso estar com o povo. Estou aqui, conversando com a imprensa, com nossos candidatos a deputados, com aqueles que carregam nossas bandeiras. Eles são os nossos braços, olhos e vozes. Eu prefiro estar com as pessoas. Meia dúzia não conseguiu nos tirar do processo eleitoral. Hoje nós temos ao lado dos três (candidatos à Presidência) uma mulher que representa a maioria da população brasileira para dizer o que nós mulheres queremos para o Brasil, para nossos filhos e companheiros. E pode ter certeza, o que nós mulheres queremos para o Brasil é um país de paz, de harmonia e de união familiar para que possamos resolver os problemas reais das pessoas. Nós temos as soluções reais para os problemas reais do Brasil”.
Pesquisas eleitorais – “Nos últimos dez dias, a população começou a discutir política. As pesquisas mostram que eu sou hoje a candidata que tem a menor rejeição, e ainda temos 1/3 do eleitorado que é uma franja: está com um porque não quer o outro. Esta é a eleição mais importante da história do Brasil. Ouça o que estou falando: a partir do dia 2 de outubro, estaremos diante de um cenário extremamente desafiador. Não pode ser uma eleição do medo. Tem que ser uma eleição da esperança, de alguém que chegue à Presidência da República com ética, com capacidade de dialogar com ambos os lados. Um presidente que não ceda a chantagens porque não tem nenhum histórico passado de denúncias gravíssimas e não vai ficar refém de um Congresso Nacional que, hoje, lamentavelmente, sequestrou o Orçamento e por isso coloca pouco dinheiro do Orçamento público à disposição dos interesses de seus eleitores”.
Como se blindar da ofensiva por votos a outros candidatos – “Não se trata de blindar. É lamentar o desrespeito com o eleitor brasileiro. Não é à toa que existe uma eleição de dois turnos. A eleição tem que ser conquistada de acordo com ideias e propostas que os dois candidatos que pontuam as pesquisas não apresentam porque não interessa a eles ir a debates nem discutir os reais problemas do Brasil. São dois candidatos populistas e personalistas que têm projetos iguais de partidos ideológicos. Um quer matar a eleição no primeiro turno. Mas essa é uma eleição de dois turnos. Nós procuramos estar no segundo turno. A tranquilidade que eu tenho é a de estar do lado certo da historia, conversando com a população brasileira e dizendo ‘temos as propostas, as melhores propostas, sabemos como fazer e resolver os problemas das pessoas’. Lamento muito que interesses pessoais, partidários e ideológicos neste momento de tanta dor estejam à frente dos interesses nacionais, dos interesses do Brasil. Lamento também porque, num segundo turno, nós sabemos que é preciso fazer composições, e elas ficam cada vez mais distantes quando percebemos que ambos os lados jogam de todas as formas, sem nenhum critério, visando a questão eleitoral. Andando pelo Nordeste, todo dia eu abria as manchetes dos jornais e lamentava. Como é triste ver o dinheiro dos impostos do trabalhador brasileiro sendo colocado naquilo que não é prioridade. Dinheiro sendo cortado da Farmácia Popular, dos medicamentos de uso contínuo, das fraldas para os nossos idosos. Faltando dinheiro para comprar merenda para as nossas crianças que hoje têm que dividir um ovo com duas, três crianças. É esse o Brasil que nós temos e é contra isso que se coloca a nossa candidatura. É por isso que eu sou candidata à Presidência da República”.
Votos dos indecisos – “Quando me propus a ser candidata, uma entre os sete candidatos do centro democrático, venci obstáculos. Tive que ir contra uma parcela do meu partido. Fui a única candidatura que teve judicialização às vésperas de uma convenção que nem tinha acontecido. Tenho coragem, falo a verdade e sou uma pessoa de centro. Moderação, equilíbrio e diálogo nunca me faltaram. Espero que tudo isso seja suficiente para convencer a população de que esta é uma eleição muito importante.
Assessoria de Imprensa