Em Cidade Tiradentes, zona leste da capital paulista, a candidata fala de Inclusão, moradia, cidadãos pretos, mulheres, empreendedorismo e Poupança Jovem
Cidade Tiradentes, no extremo leste do município de São Paulo, foi a região escolhida pela candidata Simone Tebet para realizar a sua Caminhada da Esperança na tarde deste sábado (17/9). Distrito formado por pelo menos 25 bairros, com aproximadamente 240 mil habitantes e a 35 quilômetros da região central, Cidade Tiradentes aos poucos tem experimentado melhores condições de vida, resultado de intervenções importantes do poder público, mas já foi exemplar quando a intenção era discutir os graves problemas sociais que afetam milhões de brasileiros que vivem nas áreas periféricas das grandes cidades brasileiras, como segurança, saúde, educação, saneamento básico, habitação, transporte e emprego.
Nas imediações da avenida dos Metalúrgicos, uma das importantes vias que cortam a região, Simone foi recebida, entre outros, por Rúbia Mara (PMDB-SP), candidata a deputada estadual, Fernando Padula, secretário de Educação da cidade de São Paulo, e Aline Torres, secretária de Cultura da cidade de São Paulo. Depois, conversou com moradores, posou para fotos e vídeos e falou sobre pontos importantes de seu plano de governo. A candidata lembrou que os preços inflacionados, sobretudo da comida, dificulta a vida das pessoas, principalmente as mais pobres: “Falta emprego e o governo federal só corta verbas para serviços essenciais. O Brasil precisa voltar a crescer. E isso só vai acontecer se a política mudar. A hora de mudar de verdade é agora”.
A candidata também recebeu o apoio de lideranças de movimentos culturais da Zona Leste paulistana (rap, funk) e até acompanhou, batendo palmas, um rap feito exclusivamente para ela pelo MC Edisinho. Simone também visitou um salão de beleza especializado em tranças afro. “Precisamos fazer campanhas e realizar ações para incluir o cidadão preto na política brasileira. É o unico jeito de avançar. Hoje, a mulher ganha 20% menos que o homem. Se for uma mulher preta, chega a ganhar 40% menos, pois ela tem menos oportunidades. Fortalecer o emprendedorismo feminino é a porta de entrada para a emancipação”, afirmou.
Léo Áquila (MDB-SP), candidata trans a deputada federal, perguntou a Simone: “Sou uma mulher trans e luto diariamente desde a primeira parada gay para que os trans sejam respeitados, e não ajudados. Todos os dias, quando eu saio de casa, não sei se voltarei, se serei morta. Me sinto insegura neste país homofóbico, transfóbico e violento. Quando vão começar e nos ver como seres humanos?”. Simone respondeu: “Quando forem colocados na cadeia as pessoas que praticam crimes de discriminação e que cometem violência.
Homofobia é crime! E é crime também qualquer tipo de violência contra pessoas trans, mulheres… Crimes de motivação religiosa. Nossa maior riqueza é a diversidade e é por isso que o Brasil é este caldeirão cultural”.
Simone recebeu uma carta, do coworking Colmeia Tiradentes, assinado por dez movimentos de iniciativas criativas da Zone Leste – Funk TV, Associação Vó Preta, Associação Barro Bronx, Rapa dos Milianos e Associação a Vitória de Jesus. “Queremos ser parte do processo de construção do país e acreditamos que a senhora representa as nossas falas e dores frente ao cenário político atual”, diz o documento.
COLETIVA DE IMPRENSA
Habitação popular – “Estamos em uma região que abriga o maior complexo de conjunto habitacionais da Amércia Latina, com cerca de 40 mil unidades. Mas levou-se muito tempo para que essa área recebesse os instrumentos públicos necessários: postos de saúde, escolas, creches… Eleita presidente, construirei 1 milhão de casas populares em quatro anos. Todos os projetos e iniciativas serão bem-vindas para construir conjuntos habitacionais. Doaremos áreas públicas para os municípios e incentivaremos o aluguel solidário, mas a chave da casa própria ficará na mão das mulheres. E cuidar para que essas regiões tenham escolas, creches e postos de saúde. Por que a chave da casa própria na mão da mulher brasileira? Porque a casa própria é a porta da cidadania e de todos os demais direitos das famílias brasileiras”.
Dignidade para as mulheres – “Sem casa, as nossas mães não têm condições de garantir a segurança de seus filhos. Elas ficam sujeitas a situações de violência doméstica, pedofilia, estupro, que muitas vezes acontecem dentro de casa. As mulheres precisam de autonomia financeira. É a partir daí que a vida da mulher muda. Ela consegue qualificação, emprego… É preciso investir no empreendedorismo feminino. Habitação é minha verdadeira paixão. É a coisa que mais me deu prazer na vida pública. Eu sou conhecida no meu Estado, Mato Grosso do Sul, como a prefeita (Três Lagoas) da industrialização e da geração de empregos. Mas nada é mais gratificante, mais emocionante, nada toca mais o meu coração de mãe, do que saber, quando entrego a chave de uma casa própria, que aquela mulher vai parar de apanhar, que ela não vai ver aquilo sendo replicado na vida de seu filho. E que ela pode ficar um dia, dois dias, um mês sem emprego, porque ela vai para o seguro desemprego, mas ela não pode ficar um dia sem teto para morar. É fundamental dar a dignidade da casa própria para as mulheres. Nada é mais importante para a vida das mulheres. É possivel fazer isso”.
Bolsa Jovem – “O Poupança Jovem (pagamento de R$ 5 mil aos estudantes que terminarem o ensino médio) tem muito a ver com o jovem de periferia e com o Rap da Felicidade. Ou seja, estimular o jovem a estudar e que ele tenha uma forma de sair de um curso técnico, do ensino médio com o famoso cincão! Vamos depositar todo ano um dinheirinho, como em uma poupança. Então desde o primeiro ano do ensino fundamental esse dinheiro será atualizado e ficará rendendo. Calculamos que o valor acumulado será de em torno de 5 mil reais. E quem se formar, não importa a nota, basta se formar no ensino médio, poderá levantar esse dinheiro para comprar um celular, dar entrada numa moto, trocar o computador, fazer o que quiser”.
Assessoria de Imprensa