A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) disse, no início da reunião desta quinta-feira (28), convocada para ouvir os autores do pedido de impedimento da presidente Dilma Rousseff: os juristas Miguel Reale Jr. e Janaina Paschoal, que a Comissão Especial do impeachment pode apenas referendar ou não o que veio da Câmara dos Deputados.
Simone lamentou que não é possível a inclusão de fatos novos no Senado, como a compra de Pasadina, que causou mais de R$ 700 milhões de prejuízos para a Petrobras; e as pedaladas fiscais de 2013 e 2014, para não correr o risco de gerar uma ação dos governistas no Supremo, com a possibilidade de ensejar a nulidade do processo que veio da Câmara dos Deputados.
A senadora Simone chegou a argumentar anteriormente que haveria uma brecha no relatório do deputado Jovair Arantes para que o Senado pudesse ampliar o objeto da denúncia.
“Não podemos estender a investigação aos anos de 2013 e 2014, não podemos fazer a defesa prévia, não cabe diligências, nem a inclusão de fatos novos”, lamentou.
“Democracia brasileira vai muito bem, obrigada!”
A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) rebateu a crítica do vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1980, Adolfo Pérez Esquivel, que, em visita ao Plenário do Senado, nesta quinta-feira (28), polemizou ao dizer que há um possível “golpe de estado” no Brasil.
A senadora Simone disse que o Brasil vai superar esse momento e sairá mais fortalecido. “Temos uma democracia instalada, poderes que se respeitam e são harmônicos entre si, instituições fortes e democracia vai sair fortalecida, seja qual for o resultado do processo de impeachment. Pela soberania nacional, nós temos de dizer que a democracia brasileira vai muito bem, obrigada!”
O argentino, Adolfo Pérez Esquivel, causou polêmica ao pedir, em sua rápida mensagem respeito à Constituição e ao direito do povo de viver a democracia e a fazer referência ao um possível golpe. Os senadores da oposição protestaram contra mensagem do visitante.
Assessoria de Imprensa