No dia mundial da saúde, 7 de abril, a senadora Simone Tebet (PMDB-MS) discursou em Plenário para dizer que o Brasil está doente e que é preciso restabelecer o equilíbrio político, institucional e ético.
“O Brasil está doente, está numa febre endêmica generalizada, não podemos deixar que vire uma convulsão. É preciso fortalecer as instituições sob pena de matar a democracia e os ideais de justiça social. É preciso restabelecer o equilíbrio através de princípios como o da legalidade e eficiência, mas acima de tudo, moralidade e ética. É preciso mudar”, defendeu.
Ela fez um paralelo entre o surto de zika vírus, que provoca a microcefalia, e o que chamou de microcefalia política. “É a atrofia da classe política de não conseguir enxergar além do hoje”. Segundo ela, a febre institucional, provocada pela falta de ética e a corrupção afetam as instituições democráticas.
Balcão de negócios
Simone criticou a tática do governo de trocar cargos e ministérios por votos contrários ao impeachment e chamou a estratégia de barganha, balcão de negócios e fisiologismo. A parlamentar sul-mato-grossense ainda disse que a classe política não pode ficar inerte após o término do processo de impeachment.
“Estamos vivendo uma microcefalia política e estamos inertes, apáticos, sem saber para onde ir, aguardando que o impeachment resolva tudo. Precisamos olhar além do hoje. Da mesma forma que falta uma reforma urbana, falta uma reforma política”, defendeu.
Em relação ao surto de dengue e zika vírus, Simone atribuiu o descontrole no combate ao mosquito Aedes Aegypti à corrupção, ao descaso e a má gestão e defendeu um melhor planejamento urbano e investimento em saneamento básico.
Assessoria de Imprensa