Está na pauta de votações da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) o Projeto de Lei do Senado (PLS) 178/2016, que concede à cidade de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, o título de capital nacional da celulose. O PLS é de autoria da senadora Simone Tebet (PMDB-MS).
A autora do texto explica que em 2009, quando a Fibria (uma das maiores fábricas de papel do mundo) se instalou na cidade, a capacidade de produção era de 1,3 milhão de toneladas de celulose por ano. Em 2012, a Eldorado Brasil colocou em operação a segunda fábrica do município, com capacidade produtiva de 1,7 milhão de toneladas – somando, portanto, 3 milhões de toneladas anuais.
De acordo com Simone Tebet, essa produção saltará nos próximos anos para 7 milhões de toneladas anuais, pois as duas indústrias já iniciaram o processo de duplicação de suas plantas, com investimento privado que pode girar em torno de R$ 16 bilhões.
Segundo a senadora, informações do IBGE apontam que o número de trabalhadores assalariados em Três Lagoas aumentou 87,6% entre 2009 e 2013. Impacto significativo registrou-se também na renda dos trabalhadores: o salário médio mensal no mesmo período teve um incremento de 14,8%, subindo de 2,7 salários mínimos para 3,1 salários mínimos.
O título de capital nacional da celulose, conforme a parlamentar, refletirá o que a atividade produtiva proporcionou de crescimento ao município.
Em seu relatório pela aprovação da proposta, o senador Dário Berger (PMDB-SC) afirma que o título representará o reconhecimento “à capacidade empreendedora da gente de Três Lagoas, que não se intimida diante das crises e adversidades”.
“A iniciativa em tela é, sem dúvida, pertinente, oportuna, justa e meritória”, diz ele em seu relatório.