Equidade e retorno do planejamento marcam posse da nova presidente do IPEA | Simone Tebet
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Equidade e retorno do planejamento marcam posse da nova presidente do IPEA

“Vamos transformar o PPA em políticas públicas eficientes naquilo que foi selecionado pelo povo como prioridade”, diz ministra Simone Tebet, na cerimônia

A importância da busca pela igualdade de oportunidades para todos os cidadãos, independentemente do gênero ou da raça, e a retomada da capacidade de planejamento do país foram dois dos pontos altos dos discursos de posse da presidente do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), Luciana Servo, nesta quarta-feira (15/3).

“Ser a terceira mulher a presidir o Ipea e a primeira mulher negra reveste de muita prioridade a agenda de equidade de gênero e raça neste governo”, disse Luciana. “Desde que fui indicada, o Ipea está engajado com o seu compromisso em contribuir com a nobre missão de planejar as ações do governo federal, central para garantir a efetividade das políticas públicas”, afirmou ela, dirigindo-se à ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, presente à cerimônia.

Ambas compunham com a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, com a secretária executiva do Ministério dos Direitos Humanos, Rita Cristina de Oliveira, e com a secretária de Planejamento do MPO, Leany Lemos, uma mesa formada apenas por mulheres.

Luciana reforçou no discurso de posse o engajamento do Ipea com o trabalho de cada uma das secretarias do MPO, destacou a importância da diversidade de perfis dos servidores do Ipea e a necessidade de fortalecimento da instituição para o cumprimento da missão de buscar uma democracia cada vez mais inclusiva. “Fortalecer o Ipea para que ele cumpra sua missão é um esforço coletivo de todos e de cada um de nós. Como diria meu conterrâneo Beto Guedes, vai precisar de todo mundo para barrar do mundo a opressão”, afirmou Servo.

A ministra Simone Tebet começou sua fala contando que ela, que lutou pelas Diretas Já, nunca imaginou que chegaria, tantas décadas depois, tendo que lutar para garantir a democracia no país. Fazendo analogia com o Hino Nacional, perguntou: “Para quem é o solo fértil? Essa mãe gentil abraça todos os brasileiros de forma igualitária? Essa é a grande mensagem que fica para todos nós numa plateia tão selecionada”, disse ela.

Reforçando o trabalho de reconstrução do país, ela lembrou que, enquanto o IBGE faz a fotografia do Brasil, dizendo quem somos, quantos somos, como vivemos, o Ipea revela essa fotografia e apresenta caminhos e soluções para a economia e para o social. “E essa é a grande missão, de fazer esse Brasil tão fértil para poucos, tão generoso para poucos, possa ser um Brasil generoso com todos.” Tebet relacionou o trabalho das duas instituições ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, “um governo que acredita na ciência e na vacina e entende a importância de políticas públicas baseadas em evidências, e é um governo que sabe que tem que fazer o dever de casa, que precisa cuidar do social sem desacreditar do gasto público”.

Tebet ressaltou, ainda, a importância do Planejamento e lembrou que este é o ano de fazer o Plano Plurianual. “Vamos fazer um PPA que vai deixar de ser um faz de conta, ele é participativo, vai envolver a sociedade civil, os conselhos, os municípios, os Estados. Mas quando envolvemos a sociedade, isso traz para nós uma grande responsabilidade: tirar do papel a letra morta e transformar o PPA em políticas públicas eficientes naquilo que foi selecionado pelo povo como prioridade”.

Esther Dweck ressaltou a importância da retomada das intuições no governo, entre elas o próprio Ipea, além da recuperação da retomada do planejamento do país. Esther elogiou a resiliência dos servidores e exaltou a importância de tanto o Ipea quanto o Arquivo Nacional, uma instituição centenária, passarem a ser comandados por mulheres negras a partir deste ano.

Rita Cristina de Oliveira, dos Direitos Humanos, contou que o Ministério está desenvolvendo, com apoio do Ipea, um projeto para organizar indicadores de direitos humanos do país. “Nos últimos anos tivemos um apagão de dados, especialmente de políticas públicas de Estado, e queremos, com esse projeto dos indicadores, desenvolver políticas públicas baseadas em evidências. Isso é fundamental para termos uma política de Estado de direitos humanos”, defendeu.

Durante a solenidade, transmitida para a Unidade do Ipea no Rio de Janeiro, os novos titulares das sete diretorias do Instituto foram empossados por Luciana Servo. O ato de nomeação foi publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira (15). Saiba mais sobre isso aqui. 

Veja como foi a cerimônia de posse

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