A ministra do Planejamento e Orçamento representou a equipe econômica do Brasil nesta quarta (6/12) na Reunião do Conselho do Mercado Comum
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, representou nesta quarta-feira (6/12) a equipe econômica do Brasil na Reunião do Conselho do Mercado Comum, que reúne ministros de Economia e presidentes dos Bancos Centrais dos países do Mercosul, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. Tebet fez um rápido balanço da presidência pro tempore do Brasil, discutiu a agenda ambiental (tema proposto pelo Paraguai para seu período a frente do bloco) e defendeu a importância de os países retomarem a agenda da integração regional.
A ministra relatou que, a partir do Consenso de Brasília, realizado no dia 30 de maio deste ano, quando Lula e 11 líderes da América do Sul reafirmaram o compromisso com a integração, ela criou no MPO um Subcomitê de Desenvolvimento e Integração Sul-Americana. Esse subcomitê se debruçou sobre rotas regionais, recuperando uma atribuição histórica do Planejamento. Da escuta de ministérios e dos 11 estados que fazem fronteira com a região surgiram cinco rotas prioritárias, das quais três envolvem os países do Mercosul. Nas cinco rotas, disse, as obras de logística (estradas, ferrovias, hidrovias, etc) do Brasil já se encontram no orçamento brasileiro, pois estão previstas no Novo PAC.
Essas rotas, disse Tebet, já foram apresentadas ao presidente Lula e agora formam o “PAC da Integração”. Lembrou que a integração regional “está no coração do presidente Lula”, e defendeu essa agenda como fundamental para o crescimento e o desenvolvimento da região. “Sem crescimento, não haverá diminuição da pobreza, nem sucesso no combate a fome”, disse ela, acrescentando que, além do crescimento, é preciso responsabilidade fiscal, controle da inflação e, no caso do Brasil, a reforma tributária.
Todo o trabalho desenvolvido pelo Subcomitê de Desenvolvimento e Integração do MPO será apresentado aos ministros da América do Sul na sexta-feira (8/12), em evento com a presença dos presidentes dos bancos regionais de desenvolvimento e do BNDES, contou Tebet.
A ministra lembrou que, ao assumir a presidência pro tempore do Mercosul, o Brasil propôs como tema de discussão “Convergência Macroeconômica e moeda comum: agenda de melhorias do SML enquanto instrumento de uso de moedas locais no comércio regional”, que envolveu o debate de melhorias de curto prazo do Sistema de Pagamento em Moeda Local (SML), e aproveitou para elogiar o tema escolhido pelo Paraguai para seu período na presidência do bloco.
“A questão climática já tem e terá, de forma crescente, impacto sobre nossas economias”, disse Tebet, acrescentando que o Brasil assumiu a presidência do G-20 e vai sediar a COP30, situações que permitem ao país fazer a defesa do Mercosul na agenda ambiental. Ela também lembrou que na elaboração do PPA, a população definiu a sustentabilidade como uma de suas prioridades.
Fonte: MPO