A inauguração, realizada pelo presidente da Fiems, Sérgio Longen, contou com a presença do presidente da CNI (Confederação Nacional das Indústrias), Robson Braga de Andrade, do governador Reinaldo Azambuja, da senadora Simone Tebet, do prefeito de Três Lagoas, Ângelo Guerreiro, e outras autoridades do município
Presidente da CNI, Robson Braga, falou sobre os R$ 2,5 bilhões investidos nos 25 Institutos Senai de Inovação (Foto/Assessoria)
A inauguração, realizada pelo presidente da Fiems, Sérgio Longen, contou com a presença do presidente da CNI (Confederação Nacional das Indústrias), Robson Braga de Andrade, do governador Reinaldo Azambuja, da senadora Simone Tebet, do prefeito de Três Lagoas, Ângelo Guerreiro, e outras autoridades do município.
Longen comemorou o fato de a solenidade ocorrer um dia após a cidade consolidar-se como o maior PIB Industrial do Estado, ultrapassando, inclusive, a capital Campo Grande. O desempenho de Três Lagoas chegou a R$ 4,23 bilhões, o que equivale a 26% do PIB Industrial total do Estado, conforme divulgado pelo IBGE na quinta-feira (14/12). “Em maio de 2008 a Fiems apresentou uma pesquisa que projetava que em 2015 Três Lagoas assumiria o 1º lugar no PIB Industrial de Mato Grosso do Sul. Passados nove anos, o PIB oficial dos municípios do Estado foi divulgado e confirmou a projeção feita pela Fiems”, comentou.
O montante equivale a 26% do PIB industrial total de Mato Grosso do Sul. A indústria é, de longe, o setor mais representativo no PIB de Três Lagoas, respondendo por 59% de toda riqueza gerada na cidade. “Nos deixa muito satisfeitos poder entregar mais esta estrutura parta a cidade em meio ápice do desenvolvimento da indústria”, disse o presidente.
Ele acrescentou, ainda, que o estudo da Fiems também projetou que em 2020 o PIB industrial de Três Lagoas será o dobro do segundo colocado. “Provando que Campo Grande é a capital do Estado, mas Três Lagoas, mais do que nunca, se consolida como a capital da indústria, o que muito orgulha, porque reforça a importância que as ações do Sistema Fiems têm para o apoio ao desenvolvimento de Mato Grosso do Sul e do País”, salientou.
Repercussão
Presidente da CNI, Robson Braga, falou sobre os R$ 2,5 bilhões investidos nos 25 Institutos Senai de Inovação e 57 Institutos Senai de Tecnologia, lembrando que as estruturas atuam em rede em prol da indústria de todo o País. “Cada instituto atua em diferentes áreas e atuam em rede, por isso, os empresários que atuam no Maranhão, no Acre, e que buscam pesquisas no campo da biomassa, da sustentabilidade, usarão os serviços deste instituto. Ainda não sabemos, ao certo, como será a indústria daqui a 20 anos, quais inovações virão, mas o que sabemos é que o Senai e seus institutos de inovação estarão na vanguarda desse processo”, afirmou.
Ao discursar, o governador Reinaldo Azambuja elencou a série de obras inauguradas pelo Sistema Fiems ao longo de seus três anos de mandato, afirmando que estas ações contribuem diretamente para o desenvolvimento do Estado. “Acompanhamos a inauguração do Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos, em Dourados, da Escola Senai da Construção, em Campo Grande, e outras grandes obras cujo ganho maior é a possibilidade de trazer para o nosso Estado inovação e tecnologia. Surgem aqui novas possibilidades, gerando, principalmente, valor agregado para os nossos produtos. Porque Mato Grosso do Sul não que ser somente um mero exportador de matéria prima”, destacou.
A senadora Simone Tebet, que iniciou a vida pública em Três Lagoas e teve forte atuação junto ao Sistema Fiems para viabilizar a concretização do ISI Biomassa, traçou um paralelo entre o passado que viveu no município e a forma como ele se encontra hoje. “Me recordo do tempo em que esta era uma área abandonada, tomada pelo mato. Hoje, este instituto representa o futuro de Três Lagoas, gerando mais oportunidades de renda e de negócios. Não é à toa que, ainda que tenha uma população oito vezes menor do que Campo Grande, Três Lagoas é responsável por 30% de todas as exportações de Mato Grosso do Sul”, comemorou.
O prefeito de Três Lagoas, Ângelo Guerreiro, considerou o ISI Biomassa um orgulho para a cidade, que, na avaliação dele, será grande propulsor do desenvolvimento. “O ISI Biomassa será a grande locomotiva para o desenvolvimento da indústria. Se hoje somos o maior PIB industrial do Estado, agora estamos mais próximos de, com apoio da Fiems, ultrapassar até mesmo nosso vizinho São Paulo”, disse, otimista.
O Instituto
O diretor-regional do Senai, Jesner Escandolhero, destacou, que o ISI Biomassa proporcionará à indústria local e de todo o país a possibilidade de usar laboratórios de ponta e a expertise da equipe do instituto. “O projeto é o único no Brasil direcionado ao segmento da biomassa e visa, entre outros serviços, atender a uma demanda da indústria nacional por produtos sustentáveis, que gerem resíduos biodegradáveis. Hoje, empresas instaladas em vários estados, e que atuam em diferentes áreas, buscam fabricar itens que sejam menos poluentes. Essas empresas têm boas ideias, mas desperdiçam a chance de tirar essa inovação do papel em razão da falta de estrutura e profissionais capacitados para tanto. O Instituto Senai de Inovação vem para suprir esta necessidade das empresas”, acrescentou.
As atividades do instituto tiveram início em 2014 que, desde então, funciona a pleno vapor, movimentando a economia do Estado com oportunidades de negócios e gerando competitividade para as indústrias. Foram investidos R$ 35 milhões, entre edificação do espaço físico e aquisição de equipamentos. É a primeira instituição de Mato Grosso do Sul e a segunda da Região Centro-oeste a ser credenciada pela Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), estando apta a receber recursos para desenvolver projetos de inovação e soluções em parceria com empresas.
Até o momento, já foram concluídos nove projetos, totalizando investimento superior a R$ 6,5 milhões. Há outros 16 projetos em fase de contratação e desenvolvimento, que totalizam R$ 9 milhões. O ISI Biomassa conta com um Laboratório de Processos Químicos, dois de Preparo de Matérias Primas, um de Microbiologia, um de Bioquímica e Biologia Molecular, quatro plantas piloto para Processos Biotecnológicos, uma área piloto para Processos Químicos e um Laboratório de Análise Instrumental, como suporte aos demais.
Foi dividido em quatro áreas: Energia e Sustentabilidade, Desenvolvimento de Materiais Orientados a Produtos, Utilização de Resíduos e Engenharia de Processos e Biotecnologia Industrial, e Engenharia de Bioprocessos. Estas áreas devem atender as demandas dos setores de Papel e Celulose, Sucro-Energético, Biocombustíveis e Biodiesel e Químico.
Possui equipamentos de ponta, entre eles de análise de cromatografia gasosa, cromatografia gasosa acoplado a um espectrofotômetro de massa, de cromatografia líquida e FPLC. Há também equipamentos para análise térmica e espectrofotômetros.
Nos laboratórios destacam-se os reatores de hidrólise a alta pressão e alta temperatura, construídos em liga especial para suportar condições severas, os fermentadores, os biorreatores de sacarificação e fermentação simultânea, o fotobioreator – para cultivo de microalgas, os reatores de pirólise, a briquetadeira e a peletizadora, equipamentos específicos para biologia molecular (PCR, eletroforese, fotodocumentadora), moinhos e ultrafreezers a -80oC.
Há também duas câmaras frias para estocagem de materiais sensíveis ao calor e a degradação. A equipe científica conta com oito pesquisadores, seis deles doutores, dois mestres, dois técnicos de nível superior e estagiários.
(*) Assessoria de Comunicação