O Ministério da Saúde confirmou o envio de 10.400 frascos de rocurônio, remédio usado no kit intubação, aos hospitais da linha de frente do tratamento da covid-19 de Mato Grosso do Sul. A medicação é um dos itens essenciais para garantir o pronto atendimento dos pacientes. No último sábado (27), os três senadores e deputados federais se reuniram com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para relatar a situação calamitosa dos hospitais do Estado e pediram prioridade no encaminhamento de sedativos.
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) disse que a bancada continuará reivindicando e estará atenta à distribuição frequente de medicação para MS. “A atuação nossa no final de semana garantiu o envio de sedativos aos hospitais. Vamos continuar na linha de frente para poder garantir a medicação necessária para as próximas semanas até normalizar a situação”, disse.
O coordenador da bancada, senador Nelsinho Trad (PSD-MS) passou a boa notícia para os demais parlamentares. Ele lembrou que este montante é um paliativo e agradeceu à união dos deputados e senadores nesta causa.
Senado
Em audiência virtual com o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na comissão da covid-19 do Senado, nesta segunda-feira (29), Simone Tebet reforçou o pedido por remédios e vacinas.
Ela elogiou a postura do novo ministro que está atuando em consonância com o que defende a ciência, com firmeza e objetividade. “Agora, sim, podemos trabalhar em conjunto, de mãos dadas, a favor do País, que tanto precisa”.
Simone lembrou que Mato Grosso do Sul está com 111% dos leitos ocupados e pediu prioridade absoluta para o Estado, bem como para os demais entes em situação calamitosa.
Ela lembrou ainda que regiões de fronteira de MS, como Ponta Porã e Corumbá, têm uma população com dupla nacionalidade que não está registrada pelo IBGE, por isso, necessita de um envio de 30% a mais de vacinas e medicação.
Simone reivindicou que o acréscimo populacional seja computado nas estimativas de encaminhamento de Kits de intubação e de vacinas ao Mato Grosso do Sul pelo Ministério da Saúde.
Os pacientes de covid-19 inspiram cuidados respiratórios intensos, o que requer alta demanda de equipamentos, material, medicamentos e profissionais de saúde.
Três Lagoas
A senadora Simone também citou a situação calamitosa do Hospital Auxiliadora, em Três Lagoas-MS. Ela recebeu ofício da diretoria do Hospital que relata o momento mais crítico de sua história de seus mais de cem anos de existência, além dos problemas estruturais para garantir o bom atendimento, a instituição ainda passa por dificuldades financeiras.
O Hospital Auxiliadora está com mais de 130% de ocupação dos leitos e enfermarias Covid-19. Além da cidade, o município atende a região que abrange Selvíria, Inocência, Paranaíba, Cassilândia, Bataguassu, Brasilândia, Santa Rita do Pardo, Água Clara e Aparecida do Taboado.