A candidata Simone Tebet participou na manhã de hoje, sábado (27/8), do lançamento da candidatura do presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, a deputado federal por São Paulo, e de Leó Oliveira (MDB), a deputado Estadual, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. “Não desistam do Brasil, não desistam de estar do lado certo da história”, disse Simone, no encontro, que contou ainda com a presença de Rodrigo Garcia (PSDB), candidato ao governo paulista, e Edson Aparecido (MDB), candidato ao Senado pela mesma chapa. “Nós estamos prontos a mudar o Brasil de verdade”, frisou a candidata ao Planalto. “Vamos reconstruir esse país com amor e com coragem. E aí vamos fazer a diferença.”
Simone brincou que, apesar da “carinha de novo” de Baleia Rossi, ambos são da mesma geração. A seguir, destacou: “No mesmo momento, estávamos do mesmo lado da história em pontos diferentes do Brasil. Na época de Ulysses Guimarães, lutávamos por democracia, por anistia, por uma constituição cidadã que garantisse o direito ao trabalho, a ter comida na mesa do povo, lazer no fim de semana e ter uma casa.”
A candidata da coligação “Brasil Pra Frente” (MDB, PSDB, Cidadania e Podemos) observou que, anos depois, ela e Baleia se encontraram no Congresso Nacional, quando o nome de ambos era cogitado para assumir a presidência do MDB. “Foi um encontro de almas gêmeas da política, que se identificam com a mesma fé em um Brasil decente, humano, mais plural e acolhedor, que ama a liberdade da democracia”, narrou. Na ocasião, Simone concluiu que Baleia era o nome ideal para concorrer pela liderança nacional do partido.
Para ela, Baleia Rossi foi responsável por reestruturar o MDB. “Ele teve a coragem de enfrentar meia dúzia que queria entregar o partido para um lado ou para o outro [Lula e Bolsonaro, no caso]”, disse. “Em vez disso, o MDB voltou a fazer história e pela primeira vez tem uma mulher candidata à Presidência do Brasil.”
Ela, porém, lamentou o fato de Baleia não ter sido eleito presidente da Câmara dos Deputados, quando disputou o cargo, no ano passado. “Se tivesse vencido, o ‘orçamento secreto’ não existiria. Não teríamos manchetes mostrando que, numa pequena cidade do Maranhão, com 35 mil habitantes, foram extraídos 14 dentes de cada boca de cada cidadão, a cidade mais banguela do país”, acrescentou, referindo-se a um dos supostos casos de desvio de dinheiro divulgados pela imprensa, a partir dos dutos do “orçamento secreto”. “Isso é corrupção, isso é que leva à falta de dinheiro para remédio no posto de saúde, vagas nas creches, casas populares, recursos para incentivar a indústria para gerar emprego para o nosso povo. Dinheiro que, hoje, está no bolso de algumas pessoas.”
O deputado federal Baleia Rossi, que é candidato à reeleição, salientou em seu discurso que Simone “é a pessoa certa para pacificar e unir o país”. Rodrigo Garcia, que concorre ao governo paulista, destacou a capacidade da candidata de buscar soluções e a relevância da parceria firmada com a senadora Mara Gabrilli, candidata à Vice-Presidência na chapa de Simone.
ENTREVISTA À IMPRENSA
“Ali, estava a alma de uma mulher e o coração de uma mãe.” Foi nesses termos que Simone Tebet avaliou, em entrevista coletiva em Ribeirão Preto (SP), sua participação no Jornal Nacional, na noite de ontem, sexta-feira (26/8).
Questionada sobre qual a primeira medida para erradicar a fome no país, indignada, ela destacou: “É tirar o atual presidente do poder, um homem insensível, que teve a capacidade de dizer que no Brasil não tem fome para valer. Eu aconselho o presidente a pegar seu avião, ir para Minas Gerais e conversar com um menino de 11 anos que ligou para 190, não para pedir ajuda para a força policial, mas porque estava há três dias sem comer.” A seguir, acrescentou: “A partir de 1º de janeiro nenhuma criança dorme com fome no Brasil”.
Sobre a igualdade de gênero, na mesma coletiva, destacou: “Já deixamos claro que o projeto primordial é o que se refere à igualdade de salários entre homens e mulheres que exercem a mesma função na inciativa privada”, disse. “Hoje, uma mulher ganha menos 20% executando as mesmas tarefas e, se for preta, ganha 40% a menos.”
Assessoria de Imprensa