A afirmação foi feita hoje durante visita ao Porto Digital, no Recife, em PE, um dos principais parques tecnológicos do país.
A candidata Simone Tebet visitou na manhã de hoje, quarta-feira (14/9), o Porto Digital, no Recife (PE). O local notabilizou-se como um dos principais parques tecnológicos do Brasil, voltado para as áreas de tecnologia da informação, comunicação e economia criativa. Foi criado em 2000 com um duplo objetivo: fomentar um ambiente de inovação na capital pernambucana e revitalizar o bairro do Recife Antigo, uma área, à época, degradada. Hoje, ele reúne cerca de 300 empresas de ponta e envolve o trabalho de 15 mil profissionais. Em 2021, faturou R$ 3,7 bilhões, um recorde. “Estar aqui, em um ambiente em que vocês produzem o que não temos, me faz acreditar que o Brasil tem jeito”, disse Simone.
A candidata observou que se encontrava “no lugar certo, na hora certa”. “Tenho andado o Brasil de Norte a Sul, Leste a Oeste, e não faltam no país problemas dos mais complexos”, afirmou. “Que bom estar no ambiente das soluções. É incrível como o Nordeste tem inúmeros exemplos de sucesso e aqui, no Recife, em Pernambuco, um caso muito particular com o Porto Digital. Aqui, mentes brilhantes trabalham naquilo que precisamos: tecnologia de ponta, indústria criativa, indústria do conhecimento.”
Simone lamentou, porém, o fato de o governo federal dar mostras sucessivas de menosprezo pela ciência, tecnologia e inovação (CT&I). “Temos um governo que não acredita nem no conhecimento nem no futuro do Brasil”, destacou. “Estamos falando de um governo que corta praticamente 70% do pouco orçamento que temos para o setor.” Nesse sentido, a candidata renovou, no Recife, seu compromisso de não contingenciar ou realizar cortes nas verbas de CT&I. Ela reafirmou ainda o objetivo de retirar os recursos destinados a esse segmento do “teto de gastos”.
A urgência em aprimorar a qualificação da mão de obra brasileira foi outro tema abordado por Simone, no Porto Digital. Daí, ela observou, a educação ocupar um lugar de extremo destaque em seu plano de governo, como uma das grandes prioridades nacionais. A candidata destacou ainda seu compromisso em criar parcerias com a iniciativa privada e pela modernização do Estado e da economia. “Quando eu dava aulas, comentava que estávamos diante de jovens do século XXI, com professores do século XX, em escolas do século XIX”, disse. “É mais ou menos isso o que está acontecendo com nossa economia.”
Acompanharam Simone na visita ao Porto Digital, entre outros, Raquel Lyra (PSDB), candidata ao governo de Pernambuco, e Priscila Krause (Cidadania), candidata à vice-governadora na mesma chapa, além de Roberto Freire, presidente nacional do Cidadania, Bruno Araújo, presidente nacional do PSDB, Raul Henry, presidente do MDB de Pernambuco, o ex-governador João Lyra Neto, João Baltar Freire, presidente do Cidadania no Recife, o deputado federal Daniel Coelho (Cidadania) e Alfredo Bertini, ex-secretário nacional do Audiovisual e da Infraestrutura Cultural do Ministério da Cultura. Simone foi recepciona por Pierre Lucena, presidente do Porto Digital e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
COLETIVA DE IMPRENSA
Após a visita ao Porto Digital, em entrevista coletiva, Simone Tebet reafirmou a importância da CT&I para o país e do papel que o parque tecnológico do Recife exerce nesse contexto. “A tecnologia é a saída, é a solução para o desemprego no Brasil”, afirmou. “Tem vaga nesse setor e não tem gente qualificada. As nossas crianças vão estar no Ensino Médio técnico. Vamos pagar para que eles estudem, com direcionamento específico para o mercado de trabalho. E a tecnologia veio para ficar. Ela vai garantir irrigação no Nordeste, a telemedicina, o prontuário único [do SUS], ela tem a solução para os problemas reais do Brasil. Então, a responsabilidade do governo federal é não deixar faltar dinheiro. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação vai ter dinheiro do Orçamento e nenhum recurso vai ser cortado no nosso governo.”
Sobre o Porto Digital, Simone destacou: “É muito bom saber que o Nordeste tem exemplos de sucesso, mas é lamentável ver que essa riqueza, que todas as regiões, que todos os estados nordestinos têm, não chega às famílias mais humildes do agreste, do sertão. Nós temos um dos piores índices de desenvolvimento humano no Nordeste, quando aqui tem grandes potencialidades. Não é só o turismo. Se o dinheiro chegar para irrigar a zona rural, estamos falando da possibilidade de produzir frutas, de alimentar o Nordeste e o Brasil, de gerar empregos. Lamentavelmente, o dinheiro fica na metade do caminho, fruto da corrupção.”
Para a candidata, é possível combater a corrupção e retomar obras paradas no Brasil. Para isso, a fórmula, ela frisou, é até simples: “Dar transparência absoluta. O primeiro ato da nossa administração, e isso eu já disse, é dizer para todos os ministros: abrir tudo, todas as contas do orçamento de cada Ministério. A partir do momento em que a população brasileira vir como o dinheiro está sendo aplicado, e o que não está sendo aplicado, a gente acaba com o ‘orçamento secreto’. Só aí é algo em torno de R$ 20 bilhões, dinheiro que falta para pôr remédio no posto e que está faltando agora porque o governo está cortando 60% dos remédios de farmácia básica. É remédio para diabetes, para pressão alta, remédio de uso continuado”, disse. “O que temos que cortar é a corrupção que mata.”
Questionada sobre a atual “campanha pelo voto útil”, Simone alertou: “É um desrespeito à população brasileira numa das eleições, talvez, a mais importante, a mais difícil. Desde a redemocratização, essa é uma eleição que pode, definitivamente, tirar o Brasil do mapa da fome, da pobreza, da miséria, ou não, a depender da escolha do eleitor. Nós queremos que o eleitor não vote pelo medo, mas pela esperança e pela certeza.”
A seguir, acrescentou: “Estou extremamente otimista de que a eleição está indo para sua reta final e, agora, o eleitor está tendo oportunidade de nos conhecer, conhecer as nossas propostas. Fico muito feliz de estar do lado certo da história, que é o lado da moderação, do equilíbrio, da paz. O Brasil não vai crescer e gerar emprego e renda. Nós não vamos sair dessa situação lamentável de miséria e de fome se estivermos polarizados e levarmos esse segundo turno para 31 de dezembro de 2026. É isso que ocorrerá se um dos dois candidatos que estão à frente nas pesquisar ganhar a eleição.”
Assessoria de Imprensa