Simone Tebet, a pré-candidata do MDB à Presidência da República, disse, hoje, domingo (20/03), que á falso o dilema que opõe a preservação das florestas ao desenvolvimento. “O agronegócio tem que entender que a floresta em pé é que vai garantir a produção”, disse. “E o brasileiro tem de entender que é a floresta em pé que vai garantir o pão nosso de cada dia na mesa.” A afirmação foi feita durante a passagem da senadora pelo Parque Estadual do Utinga, um símbolo da diversidade biológica da Região Amazônica, cravado na área metropolitana de Belém (PR). Na visita, ela estava acompanhada pelo governador do Pará, Helder Barbalho.
Simone Tebet tem feito seguida declarações sobre a importância da preservação do meio ambiente tanto para a sobrevivência das populações como para o avanço sustentável da economia do país e do mundo. “Eu venho do agronegócio, do Centro-Oeste do Brasil, onde estados como o Mato Grosso e o Mato Grosso do Sul já estão sofrendo com a falta de chuvas, que é resultado do desmatamento”, observou a pré-candidata do MDB. “A consequência desse tipo de problema é que a comida chega mais cara à mesa do brasileiro, a inflação sobe e a fome, que já existe e é gravíssima, só piora.”
Para a senadora, em contrapartida, uma política preservacionista teria um resultado oposto a esse. “Ela pode colocar o Brasil e os estados da Região Amazônica no centro do mundo”, destacou. “É por isso que o desenvolvimento do país passa pela Região Norte. É por isso também que nosso lema é floresta com desenvolvimento e nunca ou floresta ou desenvolvimento.” Simone acrescentou: “Esse dilema entre preservação e desenvolvimento é falso, ele não existe”. A passagem da pré-candidata pelo Parque Estadual do Utinga acontece na véspera do Dia Internacional das Florestas, que será comemorado amanhã (21/03). Num gesto simbólico, a senadora plantou a muda de açai no local.
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
A senadora emedebista chegou ontem, sábado (19/03), ao Pará, em mais uma etapa da “Caminhada da Esperança”, composta por uma série de visitas a diversas regiões do Brasil, nas quais Simone Tebet conhece projetos que podem ser multiplicados pelo país e incorporados ao seu plano de governo. Nesses encontros são debatidos todos os tipos de temas de interesse do país e da população. Não raro, a pré-candidata é abordada por lideranças regionais que trazem pautas e demandas relevantes para a população.
Hoje, a violência contra a mulher foi um desses assuntos. A questão foi abordada pela procuradora-chefe da Fundação Pará Paz, a delegada Claudilene Maia.
Simone observou que essa tem sido uma preocupação central em sua trajetória na política e prometeu apoio às reivindicações da entidade. Como vice-governadora do Mato Grosso do Sul, cargo que assumiu em 2011, ela criou uma rede de atendimento a mulheres em situação de risco no estado. “São locais onde as mulheres entram, são atendidas por delegadas, passam por promotoras de Justiça e, imediatamente, juízas dão as preventivas para afastar os homens que as agridem”, descreveu. “Isso é importante, mas vocês têm razão. Precisamos fazer mais. Se a mulher não tiver uma renda, uma qualificação, ela volta para esse ciclo de violência e acontece o feminicídio, tudo o que não queremos.”
