A senadora participou hoje da inauguração do Bioparque Pantanal, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul
A senadora sul-mato-grossense Simone Tebet, pré-candidata à Presidência da República pelo MDB, lançou um alerta, hoje, segunda-feira (28/03), ao dizer que o “Pantanal requer cuidados”. “Ele já não é o mesmo da nossa adolescência”, frisou a parlamentar. A afirmação foi feita em discurso na inauguração do Bioparque Pantanal, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul (MS). Para Simone, porém, a conclusão da obra é um “sinal de esperança” nos dias correntes. “Estamos diante de uma pandemia que não acabou, de uma guerra e no rastro de crise social sem precedentes desde a redemocratização do país”, afirmou. “Agora, é tempo de repensar. Que essa catástrofe venha nos fazer melhores e maiores.”
No discurso, a parlamentar observou que “nunca se falou tanto em verde, em integração do meio ambiente com o agronegócio”. “Não é um ou outro”, disse. “É desenvolvimento sustentável, é agronegócio sustentável.” Nesse sentido, acrescentou ela, o Bioparque Pantanal representa um marco. “Este empreendimento é muito maior do que apenas o espetáculo que comporta, já que abrigará a indústria do conhecimento, com laboratórios e cientistas que estarão acompanhando a evolução desse bioma extraordinário.”
Simone citou ainda uma entrevista recente do compositor e ator Almir Sater. Questionado sobre o que havia mudado desde a primeira edição da novela “Pantanal”, em 1990, ele respondeu: “No Pantanal, naquele período, era preciso procurar lugares secos, como uma ilha, para dar suporte à gravação das cenas. Agora, com a refilmagem da novela, é necessário o contrário: buscar pontos alagados na região.
A pré-candidata emedebista também elogiou no discurso a postura do atual governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), por ter dado continuidade à obra, iniciada há pouco mais de uma década, quando Simone Tebet era vice-governadora. “Ele entendeu que essa não é obra de um partido, de um governo, mas é uma obra do Brasil.”
Na visita ao Bioparque, Simone ressaltou que o Pantanal é uma das maiores áreas continentais alagáveis do mundo, sendo fundamental como manancial de águas e importantíssimo para estabilização do clima de todo o Cerrado. “Portanto, além de ser muito rico em diversidade, ele é decisivo para o agro brasileiro”, disse. “No Pantanal, a gente consegue demonstrar que é possível a atividade econômica estar em harmonia com a natureza, desde a pecuária presente há mais de 200 anos aqui na nossa região ao turismo de pesca, tão importante para geração de divisas do nosso estado. A pesca também é atividade econômica fundamental para nossa população e uma fonte de proteína de alta qualidade para nosso povo.”
Números do Bioparque Pantanal
Projetado pelo arquiteto Ruy Othake, o Bioparque Pantanal ocupa uma área com 19 mil metros quadrados. O aquário, o maior da América Latina na atualidade, conta com 33 tanques que abrigam 220 espécies de peixes neotropicais. São 151 do Pantanal, 55 da Amazônia, 14 africanas e outras da Oceania, Ásia e América Central, em um volume total de 5 milhões de litros de água. O local conta ainda o Museu Interativo da Biodiversidade, além de biblioteca, auditório e laboratórios de pesquisa científica. O espaço será utilizado para fomentar a educação ambiental, além de estimular o desenvolvimento regional e representar a biodiversidade aquática do Mato Grosso do Sul.
Assessoria de Imprensa