A presidente da CCJ, senadora Simone Tebet (MDB-MS), defendeu que o presidente da República retire do Congresso Nacional o projeto da emenda impositiva (PLN4). “Primeiro, o presidente nem deveria ter mandado o PLN dizendo que um único deputado, o relator-geral do Orçamento, teria direito de distribuir R$ 30 bilhões de reais em obras para o País. Esse dinheiro, do PLN4, que fez as pessoas irem para a rua, nem era para ter cogitado isso ir para o Congresso Nacional”, disse em entrevista à Rádio Hora na manhã desta sexta-feira (20). Ela entende que são os governos federal, estaduais e municipais que devem ter essa possibilidade de escolha sobre os gastos porque conhecem a realidade local. “Que o presidente retire esse projeto (PLN4) e use esse dinheiro imediatamente para a saúde pública. Também advogo que esse recurso do fundo eleitoral seja destinado ao combate à pandemia”.
Eleição adiada é improvável
A senadora disse que não acredita na possibilidade de suspensão das eleições municipais. Ela disse que ainda é cedo para saber, mas, como a estimativa de pico da epidemia é entre quatro e cinco meses, acredita que até agosto o País esteja voltando à normalidade. “Não vejo aí esse alarde, nesse momento, para dizer que não vai ter eleição esse ano”, disse.
Sessão virtual
A parlamentar ainda comentou sobre a expectativa em relação à primeira sessão virtual do Senado, que será realizada hoje, às 11h (hora de Brasília) para votar o decreto de calamidade pública. “Não só vai passar por unanimidade, como qualquer projeto que diga respeito às medidas necessárias para combater o coronavírus e seus reflexos na economia. Agora não há situação nem oposição no Senado”, disse ao afirmar que estão todos unidos nesta causa.
Simone Tebet ainda aguarda o resultado do seu teste para Covid 19. Certa de que dará negativo, pois está sem sintomas, ela disse que volta a Brasília na próxima semana. “Eu vou ficar à disposição da população brasileira. Agora é hora de nós, do mesmo jeito que os profissionais de saúde nos hospitais, os garis que vão estar nas ruas, a polícia que vai estar comandando o processo de segurança, mais um motivo para a gente (parlamentares) fazer plantão 24h e estar à disposição da população para votar todos os projetos emergenciais para sairmos maiores e não menores desta crise”, disse.
Assessoria de imprensa