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Pela primeira vez tivemos condições de entrar em todas as aldeias e fazer o censo indígena, afirmou Simone Tebet

IBGE apresentou o novo retrato da população indígena brasileira, que alcançou 1,7 milhão de habitantes

Segundo dados do IBGE, divulgados hoje no evento “O Brasil Indígena: uma nova foto da população indígena do país”, em Belém (PA), a população indígena do país chegou a 1.693.535 pessoas, o que representa 0,83% do total de habitantes. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, celebrou o resultado e a evolução em relação ao Censo Demográfico 2010. “Estamos diante de um dia histórico. Pela primeira vez tivemos condições de entrar em todas as aldeias e fazer o censo indígena”.

A robustez dos dados se deve, em parte, aos esforços do Ministério do Planejamento e Orçamento, com a injeção de R$ 380 milhões, em 2023, para a conclusão do Censo Demográfico 2022, o que permitiu, por exemplo, um retrato mais fiel do povo Yanomami.

Em relação à pesquisa anterior, houve um aumento de 88,82% em 12 anos, período em que a população indígena quase dobrou. O crescimento do total de brasileiros nesse mesmo período foi de 6,5%. “Somos 1,7 milhões de indígenas. Crescemos enquanto população, ou tinham muitos invisíveis que não estavam sendo contabilizados como brasileiros? Eu acredito mais na segunda hipótese. Óbvio que crescemos. A população indígena não cresceu tanto assim. Se tornou, através do governo do presidente Lula visível, e passa a partir de agora a ser inserida nas políticas públicas do governo”, afirmou a ministra. O próximo passo será a análise aprofundada dos números do Censo Indígena para as políticas públicas sejam adequadas às necessidades da população pesquisada.

Na abertura do evento, o presidente interino do IBGE, Cimar Azeredo, chamou os recenseadores de heróis da resistência, destacando a qualidade do trabalho realizado. “Temos a certeza de que entregamos à sociedade o mais detalhado e tecnológico retrato da população indígena do país. Essa operação já se torna referência internacional importante de como fazer censo junto aos povos indígenas”, afirmou Azeredo. Além de destacar a dedicação dos recenseadores e a qualidade dos questionários realizados, o presidente do IBGE agradeceu o apoio da ministra Simone Tebet para a conclusão do Censo Demográfico 2022.

Sônia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas, destacou que os resultados obtidos pelo IBGE serão de fundamental importância para a sua pasta e para políticas transversais voltadas à população indígena. “Estes dados vão subsidiar essa presença indígena no governo brasileiro, que está trabalhando de forma totalmente transversal, integrada com outros ministérios, para pensar políticas públicas adequadas, que cheguem nas distintas realidades”. Sônia destacou a importância de colocar esta população no centro das discussões do governo: “Não podemos negar que 2023 pode ser um marco temporal da participação e protagonismo indígena, para construir políticas públicas adequadas à nossa realidade” e completou: “Nunca mais um Brasil sem nós!”. A Liderança Indígena, Cacique Raoni, também prestigiou o evento e falou sobre a necessidade de união para a proteção de florestas e recursos naturais.

A ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, enfatizou a possibilidade de melhor alocação de recursos a partir do retrato mais fiel da população. “O melhor da nossa inteligência, do nosso conhecimento, tem que estar a serviço da qualidade de vida dos povos amazônicos”, afirmou. Enquanto o prefeito de Belém, Edimilson Rodrigues, destacou a importância da criação do Ministério do Povos Indígenas: “Nunca na história tivemos um ministério dos povos originários, e hoje temos. E o presidente Lula escolheu uma das principais lideranças, Sônia Guajajara”. Para ele tais esforços contribuem para a proteção desta população.

A secretária do Povos Indígenas do Pará, Puyr Tembé, relatou ansiedade em “conhecer esse novo país que se reconstrói”. Para ela “esses dados que trazem a nova realidade dos povos indígenas do Brasil mostram o quanto será desafiador garantir políticas para essa população”. Já Florbela Fernandes, representante do Fundo de População do Brasil, das Nações Unidas, afirmou que espera que os dados coletados providenciem evidência necessária para uma maior visibilidade, tornando-a mais partícipe no desenvolvimento econômico, social e sustentável deste país.

ASCOM / MPO

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