A pandemia mostrou a importância de um sistema público de saúde que funcione pra valer. O SUS, mais uma vez, mostrou seu valor. Mas ele precisa de socorro.
O governo federal precisa voltar a pôr mais dinheiro na saúde. Cada ano que passa, o governo federal coloca menos: responde hoje por menos de 42% do total dos gastos. A bomba sobra no colo de estados e municípios.
Vamos fazer diferente.
As pessoas têm de ter garantia de acesso a consultas, exames e cirurgias eletivas, que já tinham filas antes da covid e ficaram ainda mais represadas na pandemia. E também acesso a medicamentos para se tratar.
A pandemia também reforçou a importância da prevenção, e o melhor caminho é o Estratégia Saúde da Família, política pública vitoriosa que vem desde 1994, no governo Itamar, hoje chega a 63% da população, mas está há anos estagnada.
Agora, com a tecnologia, com o celular na mão de todo mundo, podemos aproveitar melhor as potencialidades da telemedicina, para democratizarmos acesso num país de dimensões continentais como o nosso.
A digitalização, com o 5G chegando a todos os pontos de atendimento de saúde, vai facilitar a marcação de consultas e exames, agilizar atendimentos, tratamentos e curas.
Usar a tecnologia a favor de um serviço público mais eficiente: permitir adotarmos o prontuário eletrônico, para ter todo o histórico de saúde dos pacientes disponível onde quer que ele seja atendido no país.
E valorizar os profissionais que fazem o dia a dia do SUS: os enfermeiros, os agentes comunitários, as equipes do ESF, os médicos.