Salles apoia instalação de Brigada permanente
O Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, manifestou hoje (13), apoio à criação de uma brigada permanente na região de Corumbá (MS), conforme proposta dos senadores membros da Comissão Especial Externa do Senado que acompanha as ações de enfrentamento aos incêndios no Pantanal.
“Esta tragédia exige ação imediata e planejamento, para evitar novas queimadas no futuro”, apontou Simone, uma das parlamentares que participou da reunião da Comissão, na manhã desta terça-feira.
“Fico, primeiro, muito feliz de saber que V. Exa. se soma conosco na certeza da necessidade de uma brigada permanente de incêndio para combater os incêndios que, infelizmente, ainda virão pela frente, porque teremos, no mínimo, mais quatro anos de estiagem no Pantanal. É muito importante, porque precisaremos de recursos financeiros para construir essa brigada permanente”, reforçou.
Simone lembrou que, independente da gestão de governos anteriores, “se a brigada já existisse, se nós tivéssemos nos antecipado a essa estiagem, e essa brigada permanente de incêndios já estivesse localizada no Pantanal, eu tenho certeza de que nós não teríamos 4 milhões de hectares destruídos pelo fogo. Seria um estrago bem menor”, alertou.
Transparência
Tebet aproveitou para reforçar a necessidade de transparência das informações sobre os dados da aplicação de multas ambientais, percentuais de pagamentos e destinação dos recursos dessas multas.
“Acho que falta, por parte do Governo Federal, uma palavra mais firme. Da mesma forma como eu aplaudo o Governo Federal quando tem uma palavra firme de combate ao crime organizado, quando diz que lugar de bandido é na cadeia, falta dizer, também, que o um por cento dessas pessoas são criminosos ambientais, e denigrem – não só queimam nosso Pantanal e destroem o meio ambiente – queimam a honra do agronegócio.”
Simone lembrou dos “novos tempos”, e que o agronegócio não pode mais se dar o direito de deixar passar a falsa imagem de ser o vilão.
“Eu não quero mais viver num tempo em que nós, do agronegócio, éramos vistos como vilões, porque não somos. Poucos cuidam tanto do meio ambiente como o agricultor, o pecuarista, o homem pantaneiro e a mulher pantaneira! Nós sabemos a verdade: se não for por amor, é pela dor, é porque sabem que, se não cuidarem da terra, no ano seguinte não terão produtividade.”
Para ela, só com essa fala mais firme, “com penas, multas e até processos criminais, penais, colocando um, dois, três na cadeia”, vai mostrar que o bom exemplo pode fazer toda diferença. “Acredito que as multas do Ibama precisam ser analisadas. Às vezes, aperta do lado do agronegócio e deixa passar o ‘crime ambiental organizado’. Multa muito, mas, multa de forma desorganizada”, alertou Simone.
Conselho Nacional da Amazônia Legal
A senadora ponderou sobre a expectativa da estiagem se manter pelos próximos cinco anos, e voltou a defender a inclusão do bioma Pantanal no Conselho Nacional da Amazônia Legal. “Para efeito de conseguir o apoio das Forças Armadas e de todo um aparato que o Conselho Nacional da Amazônia legal possui, mantenho a defesa de incluir, excepcionalmente, o bioma Pantanal, no período de estiagem, até 2025, no Conselho Nacional da Amazônia Legal. Seriam novas forças, somando-se a favor de um patrimônio que é Patrimônio Natural da Humanidade, mas que, sempre repito, antes de ser da humanidade, é do Brasil, é do povo brasileiro, é do homem e da mulher pantaneiros, “ concluiu.