Simone Tebet diz que crise política não vai atrapalhar votações no Congresso | Simone Tebet
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Simone Tebet diz que crise política não vai atrapalhar votações no Congresso

A presidente da Comissão de Constituição e Justiça, senadora Simone Tebet (MDB-MS), disse que a instabilidade política provocada pela saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça não vai inviabilizar as votações no Congresso Nacional.
A senadora informou que os parlamentares vão manter a agenda de votações. “Fizemos um compromisso no Senado, temos sido produtivos. A gente fez um pacto de que isso (crise política) não iria atrasar a agenda das pessoas. Estamos falando em salvar vidas”, disse em entrevista à Rádio Hora-MS, na manhã desta segunda-feira (27). Segundo ela, os parlamentares estão cientes da gravidade do momento de pandemia, com as crises sanitária, econômica e o aumento do desemprego. “Não adianta estancar a sangria, que é a pandemia do coronavírus, e matar o paciente porque esqueceu de colocar o soro na veia ou de alimentar”, disse usando a metáfora para afirmar que votações de MPs e medidas econômicas e sociais serão mantidas.
Socorro aos estados
Segundo ela, as negociações em relação ao projeto de socorro aos estados e municípios estão em andamento. “Agora chegou a vez do auxílio aos estados e municípios que perderam arrecadação e que precisam de recursos para pagar a  folha de servidor, para cobrir os gastos com saúde, educação, segurança. Acho que até quarta-feira teremos um texto redondo para que a gente possa votar e na outra semana na Câmara dos Deputados”, adiantou.
A senadora Simone lembrou que  foram editadas mais de 14 MPs que conferem cerca de R$ 250 bilhões em crédito extraordinário para o combate à pandemia do coronavírus e que serão ratificadas pelo Congresso. Ela também destacou o projeto aprovado na sexta-feira pelo Senado que amplia o rol de beneficiários do auxílio emergencial. A proposta ainda precisa ser sancionada pelo presidente Bolsonaro.
Denúncias Moro
A senadora Simone Tebet considerou as denúncias “muito graves contra o presidente da República Jair Bolsonaro. “O que nos assustou é que foram feitas pelo ex-ministro Sérgio Moro, ex-juiz da Lava Jato, uma pessoa que tem história e reputação”. Ela afirmou que foram apresentados indícios de provas e que, agora, cabe à Justiça a comprovação. “Não é questão de escolher lado. A verdade não pode ser relativizada, ela não tem lado. Agora não é mais ser bolsonarista ou morista ou nem um nem outro. Por sorte a PGR (Procuradoria Geral da República) entrou com pedido de inquérito no Supremo Tribunal Federal. Não poderia ter caído em mãos melhores do que as do decano, Ministro Celso de Mello, que é uma pessoa que tem história de credibilidade e vai ter que agilizar (a análise) essas denúncias. Afinal, o presidente da República quer trocar o diretor da Polícia Federal para proteger seus filhos ou não? Quer ter conhecimento antecipado dos relatórios da PF para atrapalhar investigação, para proteger amigos, para perseguir inimigos, ou não? É isso que está em jogo para as pessoas saberem corretamente e cabe a nós agora aguardar a Justiça. Que a verdade prevaleça”.
Reeleição
A senadora Simone Tebet afirmou ser favorável a rever o instituto da reeleição. “Como eu sou independente, nunca falo mal ou bem do presidente, falo mal ou bem das atitudes. E infelizmente, vemos parte da equipe do governo projetando 2022 e começando a tomar medidas e ações pensando em reeleição. Então, por conta disso, nós vimos o ministro Mandetta, da saúde, cair, o ministro Moro sair, estou falando de excelentes ministros. Agora falam da nossa queridíssima amiga Tereza Cristina, que está fazendo um excelente trabalho na Agricultura, tem gente que acha que ela tem que cair e, por fim, e era só o que faltava para realmente colocar o País no caos, a possibilidade de o ministro da economia cair porque a ala do governo quer fazer um pacotão de projetos pensando no projeto 2022 e o ministro Paulo Guedes tem uma linha econômica séria que não interessa ao projeto eleitoral de 2022 porque é uma linha mais de austeridade, mais de equilíbrio das contas públicas. Então, nós estamos diante de uma pandemia tendo de enfrentar inúmeros tsunamis no meio do processo”, lamentou.
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