Em Dourados (MS), candidata diz que é preciso “acabar com a vergonha de sermos um corredor de passagem de drogas e armas”
A candidata Simone Tebet esteve reunida com lideranças políticas e empresariais na Associação Comercial de Dourados (MS). O tema segurança foi pauta do encontro. “A gente combate o crime organizado com tolerância zero”, disse. “Vou recriar o Ministério Nacional da Segurança Pública, e o governo federal vai realizar um trabalho integrado com estados e municípios. Vamos acabar com essa vergonha de sermos corredor de passagem de drogas e armas.”
O MS possui 1,5 mil km de fronteira com a Bolívia e o Paraguai. O estado é uma das rotas de entrada de drogas e armas no Brasil. A cidade de Dourados, a 120 km da fronteira com o Paraguai, faz parte desse corredor. Esse tipo de problema se reflete nas prisões: o MS tem a segunda maior taxa de encarceramento do país, são 741,1 por 100 mil habitantes, atrás apenas do DF, e quase o dobro da média nacional de 384,7 por 100 mil habitantes.
Na avaliação da candidata, o Ministério Nacional de Segurança Pública será uma peça-chave para que os governos (federal, estaduais e municipais) possam atuar em conjunto para sufocar a criminalidade, com repressão e inteligência. Outro instrumento crucial no combate ao crime é a ampliação e conclusão de sistemas de vigilância e monitoramento das fronteiras, como o Sisfron. Tais medidas, afirma Simone, terão um impacto direto na economia, pois serão decisivas para dar maior tranquilidade aos produtores agrícolas do estado, que responde por quase 8% da safra brasileira de grãos.
Em Dourados, Simone também tratou da questão da infraestrutura e logística. “Essa é uma das regiões mais importantes para o Brasil, porque ajuda a colocar comida mais barata na mesa de todos os brasileiros”, disse. “Mas precisa da ajuda do governo federal, precisa de investimentos em infraestrutura e logística.” A seguir, a candidata observou: “É isso o que vamos fazer, uma ampla frente de parcerias público-privadas (PPPs), para rasgar o estado com ferrovias e estradas duplicadas.”
A candidata, nesse caso, citou a importância da Nova Ferroeste, cujo edital foi lançado em junho pelo governo do Paraná. Essa é uma das obras de infraestrutura mais aguardadas do MS. Faz a ligação ferroviária desde Maracaju (MS), passando por Dourados, até o porto de Paranaguá (PR), destino de 30% da produção sul-mato-grossense exportada por mar, e tem um ramal até Chapecó (SC). Entre as obras urgentes para o MS, em particular, e para o país, em geral, Simone mencionou ainda a necessidade de duplicação da BR-163.
No evento, o prefeito de Dourados, Alan Guedes, disse que sempre contou com o apoio de Simone como senadora e destacou sua atuação no Congresso Nacional. Ele também lançou um alerta sobre os problemas de segurança do MS. “Não suportamos mais ter uma fronteira tão escancarada para o tráfico de drogas, de armas e de pessoas”, disse. “Precisamos da presença física do Estado brasileiro na região. Não tenho dúvidas que Simone tem todas as condições de cuidar disso.”
O prefeito de Vicentina, Marquinhos Dedé, elogiou a visão que Simone tem do Brasil e a importância de sua experiência com administradora pública, principalmente como ex-prefeita de Três Lagoas, sua cidade natal, onde foi eleita e reeleita. “Temos uma candidata municipalista”, disse. “É disso que o Brasil precisa, que prefeitos e governadores sejam respeitados, porque é no município que as coisas acontecem, é lá que as pessoas estão.”
O prefeito de Rio Brilhante, Lucas Furoni, ressaltou o fato de Simone representar uma opção na corrida presidencial com propostas reais para o país. “Agora, podemos falar ‘eu sou Simone’”, afirmou. “Se a população votar de forma consciente, ela vai estar no segundo turno e será a nossa presidente.”
O prefeito de Crepúsculo de Amambai, Dr. Bandeira, realçou o contraste entre a candidatura da senadora e a dos presidenciáveis que fomentam a polarização. “Vivemos uma realidade preocupante, com candidatos da esquerda e da direita, com todos os defeitos conhecidos por todos nós”, notou. “Já Simone é referência no Senado Federal. E vivemos um momento em que precisamos de tolerância.”
Eduardo Rocha, marido da candidata e secretário estadual de Governo do MS, ressaltou a importância da agenda social de Simone. “E quero falar como pai. Se a Simone virar presidente deste país, nenhuma criança vai dormir passando fome neste Brasil”, destacou. “Vi inúmeras vezes a Simone chorando, quando a gente via uma matéria na televisão, quando um menino ligou para a polícia porque não tinha o que comer. Precisamos mudar. O que está para trás não deu certo e o que está aí também não. Vamos acreditar numa mulher para acabar com a fome do povo brasileiro.”
Assessoria de Imprensa