Simone quer um ‘presidencialismo de conciliação’, baseado na transparência e na ética | Simone Tebet
Simone Tebet Simone Tebet

A nova esperança
do Brasil

Simone quer um ‘presidencialismo de conciliação’, baseado na transparência e na ética

Aplaudida na OAB de São Paulo, a candidata afirmou que fará a ‘defesa incondicional da democracia’, contra o ambiente de ‘terrorismo e ódio’ que marca hoje a política nacional

Simone Tebet, candidata pelo centro democrático (MDB, PSDB, Cidadania e Podemos) à Presidência da República, participou na manhã de hoje do debate “Hora do Voto”, promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil, Seção São Paulo (OAB-SP). No encontro, ela tratou de temas como o controle do Judiciário, o fim da reeleição, além da erradicação da miséria, prioridade absoluta de seu governo, a pacificação do Brasil, a defesa da democracia e a valorização da política. Ela abordou ainda assuntos como economia sustentável, políticas de inclusão e a necessidade de parceria do governo com a iniciativa privada, crucial para a geração de emprego e renda para a população.

No início do debate, a senadora foi aplaudida quando questionada pelo mediador da mesa, o advogado e professor universitário Sergei Cobra, sobre a necessidade de algum tipo de controle social sobre o Judiciário. Se há erros do Executivo e do Legislativo, destacou Cobra, os juízes e promotores também precisariam passar por algum tipo de controle social. Na exposição do tema, ele destacou fatos que apontavam para um comportamento questionável por parte juízes.

Para Simone, porém, o grande papel do próximo presidente da República é restaurar a harmonia entre os poderes. “Me comprometo a sancionar qualquer lei aprovada pelo Congresso que restrinja excessos de qualquer autoridade no Brasil”, respondeu. “Mas muito do que vemos hoje é fruto do acirramento ideológico e do mal exemplo dado pelo presidente da República. Ele estimula que outras autoridades tirem seus monstros do armário. Mas quero perguntar o que vocês vão fazer para mudar isso? A primeira coisa que devem fazer é escolher uma mulher para a Presidência. Vamos mudar esse quadro pelo exemplo, pela moderação. Com diálogo e equilíbrio, temos condições de fazer com que os poderes sejam harmônicos.”

Sebastião Botto de Barros Tojal, membro da Comissão de Defesa da Democracia da OAB-SP, abordou o tema das relações entre o Executivo e o Legislativo. Para ele, o presidencialismo no Brasil tem um “viés imperial, onde o presidente pode tudo”, e “evoluiu” para um modelo que não pode mais ser chamado de coalizão, mas, sim, de cooptação. Simone apontou que a reeleição é um dos principais mecanismos dessa mudança negativa. “Ela faz com que o chefe do Executivo assuma e, no primeiro dia, pense no que fazer para ficar mais oito anos no poder. E isso dá margem para todo tipo de negociada”, disse. Ela acrescentou que, na linha de atos em prol da manutenção do poder a qualquer preço, era preciso “lembrar do ‘mensalão’”, que, descoberto, gerou o “petrolão”, e o atual governo, agora, cerca-se do “orçamento secreto”.

Para a candidata do centro democrático, o fim da reeleição é fundamental para alterar o caráter negativo de boa parte das relações entre o Executivo e o Legislativo. Mais uma vez, ela se comprometeu a abdicar da reeleição, se eleita. Destacou anda que o país precisa de um presidencialismo de conciliação. “Queremos um presidencialismo com transparência e ética”, disse. “Se tivermos um presidente que apresente essas características, honesto e ético, ele vai ter o apoio popular para aprovar as reformas, como a tributária, que é a nossa vacina econômica.” A senadora observou que a vigência da ética traz uma vantagem adicional: “atrair os jovens”, hoje desalentados, “para a política”.

A senadora, emocionada, também foi aplaudida quando criticou a postura assumida pela Procuradoria-geral da República no episódio da CPI da Covid, no qual ela teve especial destaque como parlamentar. Simone disse que o processo apurou fortes indícios de propina na aquisição de vacinas. “Mas, infelizmente, no momento em que o Brasil mais precisou, a Procuradoria-geral da República não fez o dever de casa”, ponderou. “Não deu aquilo que o brasileiro merecia, ou seja, uma resposta do que efetivamente aconteceu diante das gravíssimas denúncias que a CPI da Covid recebeu.”

A candidata do centro democrático reafirmou na OAB-SP seu compromisso com a liberdade de imprensa, mas alertou que é necessário cuidado com as mentiras que proliferam em redes sociais. Sobre esse tema, ela também foi aplaudida ao mencionar: “Sim, liberdade de imprensa absoluta, nos temos da Constituição, e vamos combater com rigor as fake news”.

No evento, por fim, Simone apresentou as bases de seu programa de governo, sustentado por quatro eixos. O primeiro deles é a agenda social. “Nada é mais importante do que isso”, disse Simone. Nesse caso, a premissa – e “prioridade número um” – é a erradicação da miséria e a diminuição da pobreza e da desigualdade social. “É preciso matar a fome das pessoas”, destacou a senadora. Ela realçou ainda necessidade de aprimoramento de um programa de transferência de renda. Disse que o atual valor, de R$ 600 reais (do Auxílio Brasil), já não pode ser reduzido. “Mas é preciso ter foco, uma peneira, com critérios para a distribuição de recursos e porta de saída para os beneficiários”, frisou. A parlamentar lembrou que é preciso qualificar as pessoas (jovens, mulheres e trabalhadores) e isso será feito também em parceria com a iniciativa privada. “É hora de construir o futuro a partir do presente”, mencionou. “Se o governo passado, que ficou quatro mandatos no poder, tivesse feito o dever de casa, e o atual governo tivesse focado na educação dos nossos filhos, já teríamos uma geração de verdadeiros cidadãos. Infelizmente, não foi isso o que acontece.”
A candidata lembrou que o “eixo 2” de seu governo será o ambiental. “Vamos colocar a sustentabilidade no centro de todas as políticas”, afirmou. Isso significa, notou, desmatamento ilegal zero, sem tolerância com grileiros, invasores, madeireiros e garimpeiros que destroem, devastam e desmatam ilegalmente. Isso além do fortalecimento dos órgãos de fiscalização, como ICMBio e Ibama. “E vamos parar com essa dicotomia: não é agronegócio ou meio ambiente, mas agronegócio e meio ambiente”, disse. “As duas coisas convivem perfeitamente. Aliás, uma depende da outra.” Ela destacou ainda a importância do Ministério das Relações Exteriores, sem viés ideológico, na reconstrução da imagem do país no exterior.

O “eixo 3” é o da inclusão, caracterizado pelo combate a todas as formas de discriminação, intolerância e preconceito. “Nesse sentido, temos uma chapa 100% feminina, mas ela representa mais do que isso”, disse a senadora. “Ela é inclusiva. Escolhemos a senadora Mara Gabrilli [PSDB-SP] como vice, que representa a inclusão.” Isso até para “lembrar a todos que o Brasil é de todos”. Ela destacou ainda a formação de um Ministério paritário, com homens, mulheres e negros, e a criação de uma política nacional étnico-racial. Por fim, citou o “eixo 4” do seu projeto para o país, formado por um “governo parceiro da iniciativa privada”. “É ele que vai oferecer a segurança institucional, jurídica e regulatória”, complementou.

Ao final de evento, que durou mais de uma hora, o vice-presidente da OAB-SP, Leonardo Sica, afirmou que um dos objetivos do encontro, o principal deles, era combater a “negação da política”. Disse Sica: “Ela está fazendo com que, paulatinamente, as melhores pessoas e as melhores ideias fiquem cada vez mais distantes da vida política. O resultado é esse que estamos vendo. Esta nossa iniciativa tem a função de trazer de volta a melhores pessoas e as melhores ideias para o centro da vida política. E tenho certeza que a senadora está entre as melhores pessoas e as que têm as melhores ideias para trazer para a nossa política.”

Além de Sica, participaram do encontro pela OAB-SP, Solange de Amorim Coelho, tesoureira da CAASP, Alexandre de Sá Domingues, tesoureiro da OAB-SP, Ricardo Vita Porto, presidente da Comissão Eleitoral da OAB-SP, Priscila Beltrame, vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP, e os já mencionados Sebastião Botto de Barros Tojal, membro da Comissão de Defesa da Democracia e Sergei Cobra, mediador do evento.

Assessoria de Imprensa

+ Notícias

Simone Tebet: ‘Quando iniciativa privada e poder público andam juntos, o Brasil cresce’

Simone Tebet: ‘Quando iniciativa privada e poder público andam juntos, o Brasil cresce’

Ministra do Planejamento, Simone Tebet participou de anúncio de nova fábrica de celulose, que terá potencial de de 3,5 milhões de toneladas ao ano e…

leia mais
Ministra Simone Tebet assina convênio de financiamento com o Fundo do Mercosul para construção do Contorno Viário de Amambai, no Mato Grosso do Sul

Ministra Simone Tebet assina convênio de financiamento com o Fundo do Mercosul para construção do Contorno Viário de Amambai, no Mato Grosso do Sul

Primeiro projeto brasileiro aprovado pelo Focem em 12 anos, contorno terá custo total de US$ 7 milhões de dólares, dos quais US$ 5 milhões serão…

leia mais
Tebet destaca importância do Banco Central para estabilidade da moeda e controle da inflação

Tebet destaca importância do Banco Central para estabilidade da moeda e controle da inflação

Em cerimônia dos 60 anos do Banco, ministra do Planejamento e Orçamento destacou bons números da economia brasileira e previu queda de preços nos próximos…

leia mais
Simone Tebet

Quem é Simone Tebet