A presidente da Comissão de Constituição e Justiça, senadora Simone Tebet (MDB-MS), questionou o Ministro da Economia Paulo Guedes sobre a falta de uma “espinha dorsal” para o texto que deve ser discutido no Congresso. Ela participou da reunião virtual no final da manhã desta quarta-feira (5), na Comissão Mista da Reforma Tributária.
Para Simone, se a população ficar contra a reforma tributária será inviável aprovar o texto. “Então temos de bater na tecla o tempo todo: “Não vai haver aumento de impostos. Se tiver que seja para os grandes, não para a classe média e os mais pobres. Nós precisamos evitar vetos, e não estou falando dos vetos do Executivo, estou me referindo aos vetos do povo brasileiro. Se a rua gritar contra a reforma tributária, fica muito difícil de avançar”, reforçou.
Em sua interpelação ao Ministro Guedes, Simone disse que o governo precisa deixar clara a reforma que quer. “Nós somos responsáveis pela arquitetura, mas a engenharia tem que vir do Executivo, que tem os números”, disse. Simone lembrou que o País já tentou fazer várias reformas tributárias desde a Constituição de 88 e não teve êxito.
“Entendo o fatiamento desta reforma, mas ela não pode vir desidratada ao ponto de fazer com que aqueles que, num primeiro momento, se sentem prejudicados, comecem a reagir porque não saberem como serão compensados futuramente e, então, nós acabamos perdendo a narrativa. Nós precisamos da base, da espinha dorsal da reforma. Qual é a 1ª, 2ª, 3ª e 4ª fase da reforma? Qual é a reforma do governo federal?”, questionou
Ao final, a senadora manifestou otimismo. “Não tenho dúvida de que, com esforço concentrado, teremos condições de entregar ao Brasil uma reforma que seja realmente instrumento de justiça social e de evolução econômica.”, disse.
O Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse estar 100% de acordo em não prever o aumento de impostos. Essa é uma das principais demandas da classe política.
Assessoria de imprensa
Raquel Madeira