A senadora Simone Tebet participou na manhã de hoje, quinta-feira (26/05), em São Paulo (SP), de um encontro reservado promovido pelo G100, grupo formado por executivos e empresários de diversos setores da economia nacional. O evento refletiu o grande interesse do empresariado em conhecer as ideias da pré-candidata do MDB ao Planalto, assim como a disposição da parlamentar em debater as soluções para os problemas do país com representantes de todos os segmentos da sociedade.
O tema central das discussões, observou o CEO do G100, Rodrigo Romero, era o “Brasil 2022: Quais as prioridades? O que de fato precisa ser feito?” Nessa linha, a senadora lamentou a inexistência de “projetos estruturantes” no país. . Ela observou que a pandemia atingiu fortemente a economia brasileira, mas seu efeito devastador contou com um “aliado interno”: “Um desgoverno”, citou. “Um desgoverno que não conhece o Brasil, que não conhece nossas mazelas, nossas dificuldades, diversidades e desigualdades, mas, infelizmente, também não conhece nosso potencial, nossas riquezas, nossa capacidade de suportar desafios.”
A parlamentar traçou um panorama do país por meio de uma analogia. “O Brasil é um transatlântico”, disse. “Mas se encontra à deriva, no meio do oceano, entre turbulências, com o motor desligado. Ora pende para a direita, ora para a esquerda, numa briga ideológica, e o timoneiro simplesmente não tem a capacidade de ligar o motor, olhar para a bússola, ver que o caminho é para o norte e seguir em frente com toda a potência”. O agravante, frisou Simone, é que milhões ocupam “os porões desse transatlântico”. “Estamos falando de cerca de 110 milhões de brasileiros que vivem em situação de insegurança alimentar. Elas pulam uma refeição por dia ou ficam um dia sem comer”, acrescentou. “Além disso, temos 5 milhões de crianças que dormem com fome todas as noites. Não é possível que um país que é o celeiro do mundo, que alimenta 800 milhões de pessoas em todo o planeta, não tenha condições dar o que comer todas as noites 5 milhões de crianças.”
Por isso, a senadora disse que sua prioridade é social. “É erradicar a miséria e diminuir a pobreza.” Ela alertou, porém: “Para isso, não temos de romper com a responsabilidade fiscal. Muito pelo contrário, eu votei o ‘teto de gastos’ e votei as reformas trabalhista e a previdenciária. Mas a responsabilidade fiscal é um meio para alcançarmos um fim, que é reduzir a desigualdade social, racial e regional no país”.
A pré-candidata tratou ainda das reformas administrativas e tributária. No primeiro caso, disse que é preciso “incluir ESG no governo”. No segundo, ressaltou, é preciso correr. “No caso da reforma tributária, temos a PEC 110 em tramitação no Congresso”, afirmou. “Ela não é o ideal. Mas advogo que tem de sair do Senado e ir para a Câmara ainda neste ano. Isso porque ela precisará de 30 sessões para ser analisada pelos deputados. Isso feito, no próximo ano, quando tivermos uma nova liderança no Executivo, ela poderá colocar sua digital na proposta. Eu conheço os processos legislativos. Se não fizermos isso, não teremos uma reforma tributária em 2023.”
No encontro, Simone Tebet discutiu assuntos como educação, economia verde, além da necessidade de pacificação do país e de maior segurança jurídica, política e institucional. Tratou ainda da logística. “O Brasil precisa entender, e isso não aconteceu no passado, que a iniciativa privada e o mercado são parceiros do Estado”, pontuou. “Precisamos criar regras ágeis e flexíveis para que as PPPs e PPIs saiam do papel. É fundamental sair do ‘mapa rodoviário’ e ir para o ‘mapa ferroviário’. Existem 40 projetos [de ferrovias] parados nos Ministérios. Desses, se 20 saírem do papel, que são ferrovias estratégicas, teremos um enorme avanço. Estamos falando de investimentos de R$ 100 bilhões, que alavancam o desenvolvimento regional e nos permitem transportar com preços mais baratos, mais acessíveis.”
Assessoria de Imprensa
Pré-Campanha senadora Simone Tebet – MDB