A senadora Simone Tebet (MDB-MS) comunicou nesta tarde que a sua candidatura à presidência do Senado passa a ser independente a partir de agora.
Ela informou que o líder do MDB, senador Eduardo Braga, a liberou de qualquer compromisso partidário, porque o partido está em tratativas com o atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre, numa possível composição para a próxima Mesa do Senado.
“Eu não tenho outra coisa a fazer a não ser comunicar que eu deixo de ser candidata do MDB e passo a ser candidata independente”, disse reforçando que não se considera candidata avulsa. “porque represento um grupo de senadores que estão comigo independentemente de estarmos ou não candidatos por determinado partido”.
A senadora agradeceu nominalmente os parlamentares do Podemos, Cidadania, PSDB e PSB que declararam apoio a ela e disse que dentro de sua bancada respeita a decisão de voto de cada um. Ela informou que Braga mantém o voto nela.
“Nossa campanha começa agora novamente”, disse ao falar que é um orgulho ser a primeira mulher a concorrer ao cargo em 200 anos de história. “Hoje podemos dizer que a mulher brasileira tem uma representante candidata à presidência do Senado”.
Candidata independente
A senadora ainda disse que a sua candidatura não é “contra alguém. É de independência do Senado, independência harmônica a favor do Brasil”.
Ela defendeu esforço conjunto para enfrentar o “confuso cronograma de imunização em massa da população brasileira e o retorno de um auxílio emergencial, ainda que temporário, com valor menor e dentro da responsabilidade fiscal”. Simone também defendeu a retomada imediata das reformas estruturantes, especialmente de uma reforma tributária que garanta justiça social.
Candidato oficial
Simone ainda relembrou que abriu mão de sua candidatura dois anos atrás em favor do senador Davi Alcolumbre porque ele tinha se comprometido com a independência do Senado. “Hoje, a independência está comprometida porque temos um candidato oficial do governo e isso é visível diante da assertiva e dos anúncios feitos por colegas diante da estrutura e do apoio e dos pedidos dos ministérios pedindo apoio para ele. Não é possível sairmos da crise se não tivermos a absoluta independência para recebermos todos os projetos do governo federal, desde que aprovadas dentro das convicções de casa senador”, disse.
A senadora tem ouvido diversos segmentos da sociedade para compor a sua plataforma de campanha. Já se reuniu com grupos de mulheres, profissionais da saúde, economistas, cidadãos comuns, movimento negro, etc, para assumir compromisso com o país e com as pessoas.