A senadora Simone Tebet criticou o Congresso Nacional e governos anteriores por não terem colocado a educação realmente na pauta prioritária de votações.
“Se não apreveitarmos essa agenda, não aproveitaremos nos próximos dois anos, nem nos próximos quatro porque não o fizemos até agora”, disse a parlamentar durante audiência pública na Comissão Mista que discute a MP do ensino médio, nesta terça-feira (1). A senadora sugeriu aprovar o que há consenso, alterar ou rejeitar o que não está bom.
Simone concordou que debater o assunto por medida provisória não é a forma ideal, mas disse que não será por uma questão ‘formal’ que inviabilizará o debate sobre o tema. “Quando chega uma MP como esta, agarro com as mãos porque sabemos que a educação nunca foi pauta prioritária do Congresso, nem de nenhum governo. Se entendia, e espero que isso mude o mais rápido possível, que educação não dá voto”, criticou.
Urgência e relevância
A senadora Simone Tebet citou números para defender a relevância e urgência da MP. “Temos uma geração ‘Nem Nem’ que já está em 20% dos jovens de 14 a 24 anos” (nem estudam, nem trabalham). Há 10 anos, este índice era de 13%.
A senadora também afirmou que a evasão escolar é superior a 17%. “Isso é reflexo de uma escola que não é boa nem atrativa para os alunos. Tivemos a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e em 20 anos prejudicamos o futuro de sete gerações de jovens porque não demos o ensino de qualidade e não tivemos a capacidade de sermos ágeis nas decisões sobre educação”.
Simone ainda disse que suas convicções a respeito do que será positivo ou não na reforma do ensino estarão acima da orientação partidária. Ela não entrou no mérito do debate, mas já defendeu como prioridade da valorização do magistério.
Assessoria de Imprensa