Foto: Roberto Castello
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) disse que a partir de agora vai focar ainda mais nas ações relacionadas à imunização em massa da população e nas agendas econômica e social. Ela lamenta as 225 mil vidas levadas pelo coronavírus e o impacto da pandemia, com aumento do desemprego e da miséria no Brasil.
“Estou mais preocupada com o amanhã, com o plano de imunização, com auxílio emergencial, com uma reforma tributária que faça com que quem ganhe menos tenha que passar a pagar relativamente menos impostos. Então essa é a minha prioritária no mês de fevereiro”, disse. Para a senadora, passado o processo eleitoral para a Mesa do Senado, é hora de focar nas pautas imprescindíveis para o País.
Simone entende que é possível encontrar saídas para garantir a prorrogação do auxílio emergencial. Na conta dela, os R$ 3 bilhões de recursos extraorçamentários distribuídos seletivamente para garantir votos no Congresso dão mostras de que também é possível ao governo encontrar verbas para estender o auxílio emergencial. No cálculo da senadora, os R$ 3 bilhões teriam garantido 1 mês de auxílio de R$ 300 a 10 milhões de famílias. “Com responsabilidade, sem furar teto, cortando aqui e ali, não só é possível, como necessário. O comércio vai quebrar se não tiver essa circulação de recurso, as famílias vão passar fome e nós poderemos ter uma rua muito nervosa a partir de março”, alertou.
Vacina
Outra pauta urgente para a senadora Simone é a imunização em massa da população. Ela propõe unir forças a favor do Brasil. “Vacina, vacina, vacina. Daqui 4, 5 meses, o Brasil terá uma nova cepa que a vacina pode não cumprir e começa todo o pesadelo de novo. Acho que esse é um discurso concentrado que une os 81 senadores nesse projeto de imunização e da discussão da volta do auxílio emergencial, ainda que dentro dos limites fiscais. É possível, corta gordura, mas o brasileiro não pode passar fome”, disse em entrevista à Rádio CBN de Campo Grande.
Coragem
Em relação ao resultado das eleições para o comando do Senado e da Câmara dos Deputados, Simone criticou a ingerência do Executivo. Ao longo do processo, ela teve a coragem de prosseguir com sua candidatura independente, pois parte do MDB quis negociar cargos na Mesa Diretora e em Comissões. “A primeira mulher candidata da história do Senado foi com muito orgulho uma sul-mato-grossense. Então, nós mulheres, temos de ficar orgulhosas porque nós não cedemos a tentações, a verbas extraorçamentárias, a cargos para abrir mão de candidatura como a gente sabe que é oferecido”, disse, lembrando que o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), eleito presidente do Senado, apresentou uma candidatura “com selo do governo federal”.