A senadora Simone Tebet frisou, neste domingo (10/04), a necessidade de fortalecimento e consolidação de uma candidatura do centro democrático para as eleições presidenciais deste ano. Só ela, observou a parlamentar, tem condições de pôr fim à polarização política e oferecer, num clima pacificador, um projeto sólido e amplo para a reconstrução do país. “E por que ter uma candidatura de centro?”, questionou Simone, acrescentando: “Basta olhar em cada esquina das cidades brasileiras, onde temos o mais cruel retrato da população, com famílias inteiras dormindo no sereno, com a apatia de um lado e a revolta de outro dos jovens que não querem mais falar sobre política, além do abandono dos idosos.”
A afirmação foi feita durante a sabatina da pré-candidata à Presidência da República pelo MDB na Brazil Conference, evento realizado pela comunidade brasileira de estudantes que vive na região de Boston, nos Estados Unidos, e reúne alunos de universidades como Harvard e MIT. No encontro, Simone reiterou que o MDB, a União Brasil, o PSDB e o Cidadania entrarão na disputa presidencial unidos em torno de uma chapa.
Na sabatina, a senadora também tratou de assuntos como a segurança pública. A respeito desse tópico, ela realçou a importância de ações pontuais para conter o avanço da criminalidade, assim como a expansão do crime organizado. “A segurança não é só responsabilidade dos estados”, disse. Para Simone, a União deve envolver-se diretamente no problema, criando um sistema integrado de inteligência de combate ao crime e monitoramento de fronteiras.
Por outro lado, a pré-candidata destacou a necessidade de iniciativas de médio e longo prazo, que terão impacto na questão de segurança, mas precisam ser executadas desde já. “Uma delas, no médio prazo, é educação e a qualificação das pessoas”, destacou. “Temos de priorizar a educação para dar oportunidades iguais às pessoas. Como professora, sei que é possível fazer grandes mudanças nesse campo em oito anos.”
Simone Tebet também falou a respeito do meio ambiente. Mais uma vez, notou que não há uma dicotomia entre agronegócio e preservação. Ambos dependem um do outro. E acrescentou: “A Amazônia Legal é o maior ativo econômico e de biodiversidade do Brasil. A floresta em pé pode colocar o país no centro da geopolítica mundial”.
A atuação da parlamentar na CPI da Covid foi elogiada no debate pela advogada criminalista Dora Cavalcanti. A senadora participou virtualmente da Brazil Conference. O debate foi mediado por Vera Magalhães, jornalista de “O Globo” e apresentadora do Roda Viva, e teve ainda como participantes a já mencionada Dora Cavalcanti, advogada criminalista, Ilona Szabó, cofundadora e presidente do Instituto Igarapé, Eliane Cantanhêde, jornalista da GloboNews e colunista do “Estado de S.Paulo”, e João Ferraz, graduando do Boston College.