Sociedade volta ao centro do planejamento e do orçamento nestes 100 primeiros dias de reconstrução do MPO | Simone Tebet
Simone Tebet Simone Tebet

A nova esperança
do Brasil

Sociedade volta ao centro do planejamento e do orçamento nestes 100 primeiros dias de reconstrução do MPO

Ministério entrega Manual do PPA, melhora de estimativas, impulso ao Censo na floresta e na favela, arcabouço fiscal e pagamento a organismos internacionais

em dias. O governo brasileiro chega a este 10 de abril com uma extensa lista de entregas para a população, de cada um de seus ministérios, órgãos e autarquias. O Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) não apenas contribui para esse rol de realizações como é, ele próprio, uma entrega. A sua recriação, depois de anos de desmonte, recoloca o planejamento no centro do debate nacional. Ele será vivo, plural, participativo e servirá de baliza para os orçamentos anuais até 2027. Nas palavras da ministra Simone Tebet, o planejamento deixará de ser letra morta para ser uma lei viva, o reflexo do que a sociedade brasileira sonha para o país.

Esse trabalho já começou. A Secretaria de Planejamento (Seplan) publicou o Manual Técnico do Plano Plurianual (PPA) de 2024 a 2027, o guia prático para pacificar conceitos, apresentar o método de trabalho e o esquema referencial para todos que de alguma maneira vierem a contribuir com a elaboração do PPA. O Manual foi entregue em primeira mão a todos os secretários de Planejamento das 27 unidades da Federação, que se reuniram num fórum em Brasília, em março. Na ocasião, a ministra Tebet convidou a todos para tomarem parte do processo e reiterou que pretende visitar todas as capitais brasileiras no primeiro semestre.

Na semana seguinte à publicação do PPA, a Seplan ofereceu uma rodada de capacitação para os gestores sobre o Manual. Inicialmente pensadas para 300 participantes, as cinco aulas do curso de uma semana de duração reuniram, cada uma, em torno de mil pessoas, que acompanharam o curso por meio do canal da Escola Nacional de Administração Pública (Enap) no YouTube.

O Manual do PPA contou com a colaboração técnica do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicado (Ipea), que a partir deste ano passou a ser comandado, pela primeira vez, por uma mulher negra. Luciana Servo, servidora de carreira da instituição e autora de diversas pesquisas sobre políticas públicas de saúde, foi escolhida em janeiro e tomou posse em março, em cerimônia marcada por emoção e lembranças.

100diasfoto2.jpg

Foi na posse de Luciana que a ministra fez a ponte do Ipea com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os dois órgãos que estão sob o guarda-chuva do MPO. “Nós temos nas nossas mãos o IBGE, que dá a fotografia do Brasil que somos, quem somos, quantos somos, onde vivemos, como vivemos. Nós temos o Ipea, que pega essa fotografia e revela para o Brasil”, disse ela.

Em busca da fotografia mais nítida possível da sociedade brasileira, a ministra recebeu no MPO, no início de fevereiro, os superintendentes regionais do IBGE. Ela vestiu – literalmente – o colete do Instituto e gravou um vídeo pedindo a todos os cidadãos que ainda não haviam respondido ao Censo Demográfico até aquele momento que o fizessem.

Não parou aí. O IBGE foi à floresta. No começo de março, cinco ministérios, com o MPO à frente, assinaram uma parceria para levar o Censo Demográfico às regiões mais remotas da Terra Indígena Yanomami. “O IBGE vai contar quantos Yanonami nós somos. Porque é de nós que estamos falando”, disse a ministra na solenidade de assinatura da parceria. E soubemos: a operação recenseou pouco mais de 26 mil indígenas desse grupo em 23 dias. Os outros já haviam sido contabilizados durante a operação regular do Censo. Ao todo, somos 1.652.876 indígenas em todo o Brasil.

100diasfoto3.jpeg

IBGE foi à favela – levando junto a ministra, numa força-tarefa entre o instituto, o MPO, a Central Única das Favelas e o Data Favela. “Nós só vamos conseguir colocar o pouco dinheiro público que temos no lugar certo se tivermos um bom banco de dados”, disse ela à população de Heliópolis, em São Paulo, durante a ação no fim de março. Ou seja, quando se fala de censo, o que está em jogo é o levantamento de um conjunto robusto de informações para a construção de um orçamento eficiente.

Não só construir, como também pensar e executar de maneira eficiente esse orçamento: tarefas da Secretaria de Orçamento Federal (SOF), que nestes 100 primeiros dias também já disse a que veio. Portarias foram várias, entre elas a “DE/PARA”, que fez a transposição de quase R$ 1 bilhão em despesas da estrutura do governo anterior para a nova, com 37 ministérios. Teve ainda a abertura, recente, de crédito extraordinário de R$ 640 milhões para medidas emergenciais de proteção da vida, da saúde e da segurança de comunidades indígenas. Teve o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias, o primeiro do ano, que reduziu a projeção de déficit primário em 2023 em mais de R$ 120 bilhões – ou de 2,1% para 1% do PIB – e elevou a estimativa de receita total em R$ 117 bilhões.

100diasfoto4.jpeg

E vai ter em breve, dentro do prazo até 15 de abril, o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2024, com elementos de transição para o novo arcabouço fiscal. Apresentado pelo Ministério da Fazenda e o MPO, esse conjunto de regras flexível, crível e transparente – nas palavras da ministra – abre espaço para o que é mais importante: a inclusão do pobre no orçamento. Dito de outra forma: o atendimento das necessidades de toda a sociedade brasileira, principalmente a parcela mais vulnerável, por políticas públicas de qualidade.

Para se chegar a essas políticas – aperfeiçoando as que já existem, eliminando as que não funcionam e reconstruindo outras em novas bases – é preciso um trabalho de análise que também voltou a ganhar corpo nestes 100 primeiros dias de governo, com a Secretaria de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas e Assuntos Econômicos (SMA). A secretaria já concluiu, nesse período, o decreto que vai reorganizar o Conselho de Monitoramento e Avaliação de Políticas (CMAP), adequando-o à nova estrutura ministerial. Esse instrumento normativo, que deve sair nos próximos dias, também prevê avaliações ex-ante, mais celeridade no processo e maior participação dos gestores das políticas avaliadas.

O que a SMA vier a produzir será levado em conta no planejamento e no orçamento, num mecanismo de retroalimentação entre secretarias que resultará no crescimento de todas elas. Inclusive da Secretaria de Assuntos Internacionais e Desenvolvimento (Seaid) que, diante de um orçamento recomposto, já conseguiu quitar, apenas nestes 100 primeiros dias de governo, R$ 525 milhões em despesas com contribuições e integralizações junto a organismos internacionais, como a Organização Mundial da Saúde e a Organização Internacional do Trabalho.

Essa foi uma dívida deixada pelo governo anterior, que, mesmo após esse pagamento, ainda soma R$ 2,49 bilhões. A Seaid estabeleceu um cronograma de pagamentos até o fim do ano, trazendo previsibilidade e transparência aos desembolsos, dois princípios que nortearam também a sua decisão de publicar, já no início do ano, o calendário de reuniões previstas para a Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex) ao longo de 2023, bem como a pauta dos encontros. Isso nunca havia sido feito antes.

É o Brasil voltando a ocupar o lugar de destaque que merece no cenário internacional, como se viu durante a assembleia geral do Banco Interamericano de Desenvolvimento, na Cidade do Panamá, quando ministra e secretária participaram de 13 reuniões bilaterais, além de plenárias e painéis. É o Brasil voltando a colocar a sociedade no centro do planejamento, do orçamento e da avaliação de políticas públicas. É o MPO, recriado e fortalecido, contribuindo com a sua parte para a união e a reconstrução do país. Que venham os próximos 1.361 dias.

+ Notícias

Simone Tebet: ‘Quando iniciativa privada e poder público andam juntos, o Brasil cresce’

Simone Tebet: ‘Quando iniciativa privada e poder público andam juntos, o Brasil cresce’

Ministra do Planejamento, Simone Tebet participou de anúncio de nova fábrica de celulose, que terá potencial de de 3,5 milhões de toneladas ao ano e…

leia mais
Ministra Simone Tebet assina convênio de financiamento com o Fundo do Mercosul para construção do Contorno Viário de Amambai, no Mato Grosso do Sul

Ministra Simone Tebet assina convênio de financiamento com o Fundo do Mercosul para construção do Contorno Viário de Amambai, no Mato Grosso do Sul

Primeiro projeto brasileiro aprovado pelo Focem em 12 anos, contorno terá custo total de US$ 7 milhões de dólares, dos quais US$ 5 milhões serão…

leia mais
Tebet destaca importância do Banco Central para estabilidade da moeda e controle da inflação

Tebet destaca importância do Banco Central para estabilidade da moeda e controle da inflação

Em cerimônia dos 60 anos do Banco, ministra do Planejamento e Orçamento destacou bons números da economia brasileira e previu queda de preços nos próximos…

leia mais
Simone Tebet

Quem é Simone Tebet