A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) disse que buscou a verdade real ao longo dos quatro meses em que o processo de impeachment foi analisado no Senado. “Procurei a história por trás das versões. Os fatos contextualizados, como aconteceram, e as consequências para a vida dos brasileiros”, disse Simone durante a fase de discussão do objeto da acusação da presidente afastada Dilma Rousseff. “A verdade real é que Dilma cometeu crime continuado de fraude fiscal contra o Brasil. Voto sim na esperança de melhores dias”.
Simone afirmou que a “verdade real” demonstra que houve maquiagem fiscal, contabilidade criativa, operação ilegal com recursos de bancos públicos, descumprimento da meta fiscal e desrespeito ao princípio constitucional da Separação dos Poderes. “Não foram meras irregularidades ou questões contábeis. A verdade real é que julgamos os atos apenas do ano de 2015 porque a Câmara delimitou a Denúncia que englobava também 2013 e 2014, retirando o Petrolão, maior escândalo de corrupção da história do Brasil. O ano é 2015, mas a verdade absoluta é de que estamos diante de um crime continuado de fraude fiscal que começou em anos anteriores e trouxe para o Brasil e para a vida dos brasileiros a maior crise econômica, política e moral de nossa história”, afirmou.
Devia e não pagou
A senadora sul-mato-grossense citou o provérbio popular: “Devo, não nego. Pago quanto puder” para dizer que o Governo Dilma “devia e negou, porque o Banco Central não contabilizou os atrasos, e pagou porque foi descoberto pelo TCU.
Sem respostas de Dilma
A senadora Simone ainda lamentou que a presidente afastada Dilma Rousseff não respondeu aos questionamentos dos senadores. “Infelizmente não respondeu nossas perguntas. Resolveu culpar a todos, inclusive a crise internacional, esquecendo-se de que o Brasil cresceu menos nesses últimos anos do que todos os países da América Latina e Caribe”.