O documento, assinado durante a visita do presidente Xi Jinping ao Brasil, busca fortalecer o intercâmbio e cooperação entre os dois países em áreas como orçamento, finanças e gestão fiscal
O Ministério do Planejamento e Orçamento e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da República Popular da China firmaram nesta quarta-feira (20/11), um Memorando de Entendimento para cooperação em áreas como macroeconomia e gestão fiscal; orçamento e finanças; planejamento governamental; avaliação e revisão de políticas públicas; integração sul-americana; financiamento externo; e desenvolvimento social e sustentável.
A assinatura do Memorando ocorre durante a visita, nesta semana, do presidente da República Popular da China, Xi Jinping, ao Brasil. O documento prevê, por um período de três anos, a troca de experiências e sugestões, “aplicáveis ao estágio de desenvolvimento atual dos países”, para promoção de uma cooperação pragmática entre Brasil e China. O prazo de vigência da colaboração pode ser prorrogado antes do final do período.
O texto destaca a importância dessa parceria ao reforçar que a elaboração e a implementação de políticas e planos em relação a promoção do desenvolvimento econômico e social desempenham um papel importante para a redução da pobreza e a melhora do bem-estar dos povos.
Os dois países devem realizar em conjunto uma série de seminários e cursos de treinamento, compartilhando e discutindo as suas políticas e experiências, por meio de aulas temáticas, visitas de campo, discussões e trocas de opinião, para ajudar a alcançar o desenvolvimento social e econômico duradouro dos países.
O relacionamento Brasil-China beneficia-se de alto nível de institucionalização e diversificação. Brasil e China estabeleceram Parceria Estratégica em 1993 e Parceria Estratégica Global em 2012. A assinatura do Memorando de Entendimento visa aprofundar o diálogo bilateral e o intercâmbio institucional.
A China é, desde 2009, o maior parceiro comercial do Brasil e uma das principais origens de investimentos estrangeiros diretos no país. Desde 2004, quando o Presidente Lula visitou a China pela primeira vez, o comércio bilateral cresceu mais de 17 vezes. Segundo o Conselho Empresarial Brasil-China, o Brasil foi o principal destino de investimentos chineses na América Latina desde 2003.
Fonte: MPO